Não pude resistir à verdade deste versículo quando o li e não pude deixar de fazer uma relação direta com nossa igreja, nosso país, nossa vida.
Tenho sido ao longo de alguns anos um ferrenho crítico crédulo de tudo que Deus tem movido através do Brasil e também daquilo que tem se movido com aparência de mover, mas é apenas um rastejar sem Deus.
Ouço tanto falar do avivamento sobre o Brasil, ouço tanto sobre o avivamento sobre nossas igrejas, ouço tantas canções proféticas, já vi e ouvi todo tipo de ato profético. Mas quando olho para o passado vejo a nítida falta de alguma coisa que é comum em tudo aquilo que Deus já fez por aqui na Terra. Sinto falta de vidas proféticas.
Não irei muito longe, falarei da vida de Evan Roberts, o estopim do avivamento no País de Gales. Evan foi aconselhado por William Davies, um diácono da igreja, a nunca perder as reuniões de oração. E assim Evan fez, durante treze anos ele fez isso e orou fielmente por uma visitação poderosa do Espírito Santo.
Mas ao ler a sua oração somos de imediato confrontados, Evan não orava pedindo um mover, Evan não orava pedindo dons, Evan não orava pedindo que a igreja se condoesse e buscasse a Deus. Não. A oração de Evan era: “Dobra-nos Senhor, Dobra-me, Dobra-me Senhor” e foi assim, com este clamor que um país foi mudado através da ação de Deus.
Outra coisa que nos confronta ao ler um relato daquela época é a seguinte frase: “Quando Jesus foi exaltado, todos os homens vieram” e “durante o avivamento de Gales, as pessoas iam às reuniões por causa de Deus, não por causa de uma superestrela”.
Talvez você que me acompanha na leitura até aqui notou algumas coisas bem diferentes quando olhamos para nosso Brasil. O Avivamento não nascerá de atos proféticos, aliás, para bem pouco ou até para nada servem esses atos se não forem acompanhados de uma vida profética.
E uma vida profética é a vida de alguém que pede a Deus que o dobre.
Se quisermos mesmo o avivamento sobre o Brasil precisamos antes desejá-lo em nosso coração. Mas não apenas um desejo, mas um anseio maior do que a vida, um rasgar de coração que mova os céus em atender um filho desesperado por se parecer mais com o Pai.
Porque se o avivamento vier sobre um, virá sobre todos! Não há como resistir ao mover de Deus. Mas quando há real transformação de vida, há transformação de caráter, de atitude, de tudo.
Só uma vida profética trará o céu para nós. Atos isolados são apenas como os profetas hipócritas de Israel, que não revelavam a maldade no coração e guiou o povo de Deus para o cativeiro.
No amor de Cristo,
César Chagas