30 dezembro 2009

Cordel de Natal

Cheguei com atraso, mas ainda vale assistir:

Muito bacana mesmo!!!

28 dezembro 2009

Outro conto de Natal...

Encontrei este texto no MDig... Blog excelente diga-se de passagem.

Texto do bom...

Gaste um tempinho:

________________________________

Tiãozinho: Sete anos, mendigo com cinco anos de experiência, experiente em bater pernas pelas ruas com ou sem sapatos, hábil na arte de driblar o tráfego caótico do centro de Joinville e tremendamente criativo.


Vinte e quatro de dezembro. Tiãozinho acordou como sempre às sete da manhã. Hoje queria ficar um momento mais brincando com seus dois irmãos: João de 10 anos e Claudinha de seis. Mas sua madrasta arrastou-o com puxões.

Quando abria a torneira da amarelada pia para lavar o rosto, sentiu como se a orelha estivesse sendo rasgada e arrancada pela raiz. A madrasta achava que a cara suja dava mais pena e que as esmolas seriam maiores.

No trajeto até ao centro da cidade, era obrigado literalmente a correr para acompanhar o passo de uma mulher adulta, robusta e de péssimo caráter. A volta para casa era sempre a pior parte, caminhar seis quilômetros com o corpo moído após uma jornada de catorze horas.

Isabel se encarregava de calcular minuciosamente as arrecadações, e atribuir a cota correspondente à cada um dos filhos; na realidade só Claudinha era sua filha, motivo pelo qual desfrutava de alguns pequenos privilégios. Estabelecido o montante, era fácil estabelecer o castigo por não cumpri-lo.

Na véspera de natal, o horário de sua mendicância estendia-se por várias horas a mais do que o habitual. Isabel também fazia previamente o cálculo das esmolas pelas horas extras.

Enquanto caminhava entre a multidão entrando e saindo de lojas, pensava nos homens fantasiados de vermelho que encontrava à cada passo. Sabia que eram cidadãos comuns contratados para chamar a atenção dos possíveis clientes; mas a existência real de um verdadeiro Papai Noel, significava para Tiãozinho um verdadeiro labirinto.

Não podia compreender a existência de um personagem teoricamente bom e praticamente cruel. Estava convencido de que Papai Noel era um invento dos ricos, para os ricos.

O dia não foi bom; muita chuva e pouca gente generosa. Tiãozinho tinha fome, mas não era possível gastar as moedas da cota estabelecida por Isabel.

Quando conseguia algum superávit com as esmolas, o menino guardava as moedas a mais no bolso esquerdo; as do direito eram para entregá-las à madrasta. Nunca teve muita sobra, o dinheiro que conseguia a mais, mal dava para saciar a fome duas ou três vezes à semana.

Quando anoiteceu, o menino estava esgotado. Não era possível regressar para casa, isso significaria uma consabida surra, ademais o jejum obrigatório. O sistema estabelecido era simples: Isabel contava duas vezes o dinheiro, se estava de acordo a suas expectativas, autorizava o garoto a fuçar as panelas e comer. Se faltavam moedas, castigava-o com uma vara e ordenava que fosse para a cama de barriga vazia. Era preferível vagar por um tempo a mais e tentar a sorte entre o turbilhão enlouquecido no leva e traz de presentes, pacotes, álcool e insensibilidade.

Deteve-se em frente a uma imensa vidraça e contemplou assombrado um senhor gordo e grande que parecia comprar tudo que via pela frente. Pensou que homem precisaria de um caminhão para transportar suas compras até sua casa. Eram tantos os pacotes enfeitados e tantas as notas que o senhor gordo entregava ao caixa, que Tiãozinho mal acreditava no que via. Eram notas com grandes números que o menino só tinha visto na televisão.

Até que o senhor saiu, seguido de vários ajudantes que carregavam tudo o que podiam. Idas e vindas, atividade intensa, ofegavam entre o tumulto. Uma caminhonete repleta de presentes! Teria tantos filhos? A caminhonete se foi.

Tiãozinho ficou absorto e tropeçou numa volumosa caixa: o senhor gordo tinha esquecido um presente. Seria este pacote que tantos sonhos lhe trouxe? Era um presente, mas não tinham lhe presenteado; dizem que Papai Noel não se esquece dos presentes, que os deixa de propósito e a domicílio. Dizem que Papai Noel...

O menino pegou a caixa e correu ao encontro do automóvel, não tinham deixado o presente para ele, e assim não servia. O tráfego lento favorecia, uma quadra e meia de corrida e pronto. O senhor gordo esperava impaciente a mudança de cor do semáforo quando o menino bateu na sua janela. Não prestou atenção pensando que o garoto só queria uma esmola. Tiãozinho parou na frente do automóvel mostrando a caixa que já pesava muito. Então o senhor recebeu o pacote, agradeceu com um rosnado e partiu sem dizer mais nada.

Tiãozinho empreendeu cabisbaixo o caminho para casa. Estava resignado. Não teria presente, não tinha completado a cota de esmola, não teria jantar e as surras não enchem o estômago. Pensou em como desviar-se das "varadas" da madrasta; pensou em seu pai, bêbado como um gambá, falando besteiras; em seus irmãos jantando e dormindo.

De repente alguém se deteve em frente a ele, era um senhor gordo, mas outro. Este usava aquela fantasia vermelha e branca, linda barba, bochecha rosada e um doce olhar. O senhor buscou em seu bolso e depois estendeu a mão sorridente, entregou um pirulito desses que têm chiclete dentro, acariciou a cabeça do menino e desapareceu na escuridão.

Quando Tiãozinho saiu de seu assombro, prosseguiu a caminhada lentamente, despreocupado. Pôs o pirulito no bolso esquerdo e decidiu que o desfrutaria quando os demais dormissem.

Abriu a porta trêmulo e entrou devagar, cabeça baixa. Quando levantou o olhar ficou perplexo; a mesa estava posta, Isabel servia a refeição, papai estava sóbrio, todos compartilhavam. E não teve surra, e tinha chocolate e tinha panetone, até toalha rendada tinha! No canto da cozinha, cinco pequenos pacotes de presentes. Tiãozinho saiu ate o quintal, deu um pulo espetacular e soltou um agudo grito ouvido possivelmente até no polo norte:

- Ele existeeeeeeeeeee...

23 dezembro 2009

Meu orgulho de ser humilde

Salve salve Paulo Brabo!

****************************************************

Minha mesquinheza não tem limites, mas não é sempre que recorro à custosa lucidez que poderia manter-me consciente deste detalhe.

Terá sido há vinte anos, mas lembro claramente o dia em que diagnostiquei em mim mesmo o mecanismo de congratulação infinita, através do qual me parabenizo incessantemente pela qualidade equilibrada e excelsa da minha posição. Percebi que, quando estava na casa de alguém muito pobre, agradecia em oração silente a Deus o fato de não ser tão pobre quanto aquela pessoa, e de poder dessa forma ser poupado dos pecados e tentações da pobreza; paralelamente, quando estava na casa de um homem mais rico, congratulava-me pelo fato de não ser tão rico quanto ele, e de ser dessa forma poupado dos pecados muito evidentes da sua riqueza.

Quando uma coisa aconteceu logo após a outra fui capaz de enxergar por um instante o mecanismo por trás da cortina, e recuei em absoluto horror diante de mim mesmo. Mas não tenha pena de mim, porque essa espécie de lucidez só dura um momento. Na maior parte do tempo somos precisamente como o fariseu da parábola, que felicitava-se – e diante de Deus! – por não ser pecador como aquele cobrador de impostos. De fato, nos consideramos as mais equilibradas, compensadas e admiráveis das criaturas, e damos constantes tapinhas nas nossas próprias costas a fim de festejar adequadamente esses méritos.

Fazemos isso condenando sem cessar, do alto de nossa posição, as descompensações dos outros. Não me lembro de ter visto esse mecanismo articulado de forma mais brilhante do que nesta tira do genial David Malki !, em que um desprezível protagonista, que somos nós, professa sua fé:

– Qualquer um mais inteligente que eu é um nerd; qualquer um mais burro que eu é um idiota. Qualquer um mais velho que eu é um decrépito; qualquer um mais novo que eu é um guri. Qualquer um menos promíscuo que eu é um puritano; qualquer um mais promíscuo que eu é um puto.

E, enquanto nos julgamos no centro do equilíbrio, somos poupados dos riscos que ocasionaria avançar em qualquer direção. Bendita seja nossa mediocridade, que nos salva a cada minuto da insensatez que seria avançar em direção à grandeza.


18 novembro 2009

Três filmes, várias atrizes, um ator

Estou com a coleção da folha emprestada em minha casa. Então, estou me esbaldando com filmes antigos.

Sou apaixonado por filmes antigos. Gosto da interpretação, gosto do roteiro, gosto dos improvistos, dos cenários. E talvez goste muito pois retratam uma época onde alguns valores são ainda importantes, valores que ainda carrego comigo... como em bravata individual e perdida.

Mas vamos aos filmes.

O primeiro dele é muito famoso. É o berço de muitos romances e esse formato vai ser abordado por mais inúmeras vezes em Holywood: Casablanca! Ator principal Humphrey Bogart, que foi o rei de Holywood naquela época. Contracena com Ingrid Bergman, que também era uma grande atriz já na época.

Usando a temática da guerra, vamos assistir à história de amores secretos e um camarada absolutamente egoísta despertar para o altruísmo.

Casablanca foi um marco tão forte que existem hoje as festas Casablanca, inúmeros salões decorados com o tema e muito mais. Mas não é pra menos, é um grande filme!












O próximo filme é também com Bogart, é o Falcão Maltês ou Relíquia Macabra. É o pai dos filmes Noir! Aqui você vai ver tudo que deu origem ao estilo de detetive que até hoje chama a atenção.

É o lance mais clichê que existe: Detetive durão, leva a vida sozinho, não quer saber de ninguém, tem uma secretária que cuida de tudo pra ele, aparece uma mulher linda e misteriosa e misteriosamente seu parceiro é morto... Bom, só que essa fórmula tão batida agora, foi inventada nesse filme! É muito interessante!

Nesse filme a atriz é Mary Astor. E tem outros personagens que são um barato. Eles também deram origem pra todos esses vilões esquisitões que vemos nos filmes de hoje.




E por último, que assisti ontem: Aventura na Martinica. Mas este Humphrey é surpreendido pela estreiante Lauren Bacall... tão surpreendido que na vida real ele se separa da esposa para se casar com Lauren. E este acaba se tornando um dos primeiros escândalos Holywoodianos... desses que a gente vê na TV todo dia.

Ela também vai lançar a fórmula da mulher independente, forte, cheia de si e de charme! Ela simplesmente rouba o filme.

O filme também tem Walter Brennan. Um ator com mais de 100 filmes em sua filmografia e um desempenho muito bacana no filme.

Olha esse filme é um barato. E de quebra, é adaptação de um livro de Ernest Hemingway. Famosíssimo autor americano.

É isso aí, pra quem gosta é um prato cheio.

17 novembro 2009

A conversão de um diabo

Excelente texto lido hoje no Pavablog:


- Eu o quero! - bradou Jesus - Vejam como ele beija meus pés. Vocês não percebem e não vêem isso?
Era inverno na cidade de Ouro Preto e sob aquele frio que rachava os seus lábios, Jesus seguia a diante e onde ele passava, a boiada ia atrás.

Sobe escadaria, desce ladeira,
Corta esquinas, versando a vida.
O mestre compassava seus passos,
Sorrindo para cada lado,
De cada segundo,
De cada frame vivo,
O mestre valsava vida.

Uma garotinha pára Jesus, e indaga:
- Ei, tio, olha o seu beiço. Está rachado. Usa esse meu restinho de manteiga de cacau...
- Garotinha, eu vou aceitar sim. Meus beiços estão doendo muito...
A tal garotinha nem sabia que estava se entremetendo num diálogo sísmico onde Jesus queria salvar um diabo.
Ela olha para o Sr. Tranca Rua, olha para Jesus e diz:
- Tio, coitado dele. Minha mãe disse que quem olhar para ele, vira estátua de sal. É verdade?
- Não garotícula linda! Ele é boa gente, só está um pouco doente e fraco de tanto carregar o fardo da cidade.
- Fardo tio? O que é isso?
- Fardo é um peso que se coloca em algo ou em alguma pessoa. Além de o nosso amigo diabo ter uma doença na alma ou distúrbio espiritual, ele carrega o desprezo da cidade e nele, direcionam todos os dejetos pertinentes a escória. O fardo dele é pesado, porque ninguém se importa com ele. Todos passam por ele e olham tudo aquilo que eles não querem ser e isso é percebido por ele e automaticamente, isso vira uma identidade dele e nele posta pela sociedade.
O diabo não parava de se derramar diante do mestre, então diz:
- Eu te adoro Jesus, deixa-me ficar aqui, em teus pés, para sempre.
Não demorou muito para o povo devoto, que estava ali presente, se questionar entre si: “Jesus vai salvar o diabo? Ele está ficando louco? A gente não vale mais do que ele? Nós não cumprimos todas as diretrizes?”
Jesus ouvindo os murmúrios dos crentes cerrou os comentários com as seguintes palavras:
- Quem são vocês, além de algozes deste diabo? Quem são vocês para determinar quem eu devo salvar? Já que vocês só acreditam em mim depois que Lucas e os outros escreveram, não leram que eles disseram? “Eu não vim destruir a alma de ninguém”
O silêncio encabulou até as pedras do caminho.
- Todos que vierem a mim, jamais eu dispensarei sem a minha dádiva. Ele me invocou e quem invoca é porque crê em mim e quem crê será salvo. Não irei destruir a alma de quem me busca, ainda mais por capricho de vocês – pontuou Jesus.
Ao proferir essas palavras, Jesus tocou no diabo e ao tocar nele, instantaneamente, o diabo se transformou em anjo.
Todos ficaram estarrecidos e inacreditavelmente, inconformados com a atitude de Jesus. O povo não queria a salvação e a libertação do diabo. Queriam que o diabo se endiabrasse mais e continuasse a receber os demônios da cidade que por hora, se travestia de ódio, nojo, egoísmo e dissimulação e mentira.
Foi aí que o já previsto aconteceu. Botaram Jesus e o diabo-angelicalizado para correr.
Foi um “pega pra capar”.
Os dois saíram correndo ladeira a baixo com uma multidão gritando “queremos salvação elitista” e o “nosso diabo-endiabrado para estrear o lago de fogo. Endiabra ele de novo, Jesus”.
Jesus e o ex-diabo correram tanto até chegarem ao carro de Jesus que estava parado há uns metros do local da confusão. Os dois entraram no carro e foram embora.
Ao chegarem aos limites da cidade, Jesus olha para o ex-diabo e diz:
- Desce!
- Mas Jesus, não posso descer!
- Desce, você precisa ir!
- Mas Jesus, eu quero ficar contigo. Juntos nós podemos anunciar as boas novas e quem sabe, comprar um galpão para reunir o povo e assim podemos criar o nosso padrão, nossa moral, nossa plataforma teológica!
- Você não sabe o que está falando! Se seus projetos forem esses você se tornará mais um daqueles que habitam naquela cidade. Não te livrei desta vida de Tranca Rua ou Demônio da Garoa da Cidade Inabitável para você virar um Diabo Sacro. Vai e anuncie o que eu fiz com você e posso fazer com qualquer um através da minha eterna misericórdia. Apenas faça isso. Sua vida será uma ponte para muitas vidas. Apenas você e você. Vá.
E ele foi.
Passou-se algumas semanas, Jesus retorna a cidade, pára numa banca de jornal e se depara com a manchete:
“O endemoninhado de ouro-pretense”
Ele lê toda a matéria e balbucia:
- Meu Pai que está no céu! Mas nem o articulista se importou em colocar o nome deste pobre homem em seu relato jornalístico. Para esse povo ele sempre será chamado de diabo, mesmo ele deixando de ser. Seria um grande passo se pelo menos o chamassem de ex-endemoninhado.
Na verdade, não importa isso, afinal, nós sabemos o nome dele, não é papai?

Baseado em Marcos 5

13 novembro 2009

Vou morar na propaganda

Eu sei que estou em falta com as postagens aqui... não tenho estado muito a vontade para escrever... mas não demora eu volto.

Enquanto isso... um vídeo muito interessante...

29 outubro 2009

Razão pela qual apoio o consumo responsável de cerveja, vinho e outros

Segue abaixo a razão pela qual sou um grande apoiador do consumo razoável de cerveja, vinho e outros...

*LÁBIOS QUE TOCAM EM BEBIDA NÃO TOCARÃO NOSSOS LÁBIOS!

Corre e bebe logo alguma coisa!!!!

23 outubro 2009

Comemoração pela minha ida na Fórmula 1

Olá pessoal, vou colocar este vídeo aqui para comemorar minha ida na Fórmula 1!

E dizer que este vídeo é exatamente o que acontece lá. Depois que você vê um daqueles correr, tudo fica devagar!

Abraços!!!


Mulheres: Apaixonem-se
















Recebi este texto de uma amiga quase irmã que mora em São Paulo. Achei pra lá de legal este texto porque reflete muito do que vejo ao meu redor... e me incomoda.


Vejo amigas minhas, amigas da minha esposa e pessoas que eu conheço completamente escravizados pela indústria da beleza... e isso as levam a se achar sempre feias ou gordas. Mas ainda é pior quando criam o biotipo masculino que esperam, criam semideuses em suas cabeças que só existem lá!

E o resultado é que um monte de cara bacana vai passando... e elas vão ficando.
Quem aqui não conhece uma mulher que era absolutamente linda em seus 30 ou menos... e hoje com 50 só lhe sobrou solidão. Não estou dizendo que todas são assim, conheço gente super realizada e de bem com a vida... mas a maioria dos casos a vida caminhou como se fosse um hiato... faltando algo.

Bom... esse texto é apenas uma tentativa de dizer que existem caras legais que não tem peito de remador nem nada... o cabelo nem é tão bem cortado e não são os mais ricos... mas podem mudar sua vida.


>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

"Nós, homens, nos caracterizamos por ser o sexo forte, embora muitas vezes caiamos por debilidade.

Lembro que um dia, minha irmã chorava em nossa casa..

Com muita saudade, observei que meu pai chegou perto dela e perguntou o motivo de sua tristeza.

Escutei-os conversando por horas. Lembro-me especialmente de uma frase que meu pai lhe disse naquela conversa e que me enche de força a cada manhã.

Meu pai acariciou o rosto dela e disse::

“Minha filha, apaixone-se por Um Grande Homem e nunca mais voltará a chorar".

Depois disso, perguntei-me inumeras vezes qual seria a fórmula exata para chegar a ser esse grande homem e não me deixar vencer pelas coisas pequenas..

Com o passar dos anos,descobri que se todos nós homens lutássemos por ser grandes de espírito, grandes de alma e grandes de coração, o mundo seria completamente diferente!

Aprendi que um Grande Homem... não é aquele que compra tudo o que deseja, porque muitos de nós compramos com presentes a afeição e o respeito daqueles que nos cercam.

Meu pai lhe dizia:

"Não se apaixone por um homem que só fale de si mesmo, de seus problemas, sem preocupar-se com voce... Enamore-se de um homem que se interesse por voce , que conheça suas forças, suas ilusões, suas tristezas e que a ajude a superá-las.

"Não creia nas palavras de um homem cujos atos dizem o oposto.

Afaste de sua vida um homem que não constrói com voce um mundo melhor ... Ele jamais sairá do seu lado, pois voce é a sua fonte de energia..

Foge de um homem enfermo espiritual e emocionalmente. É como um câncer, matará tudo o que há em voce (emocional, mental, física, social e economicamente).

"Não dê atenção a um homem que não seja capaz de expressar seus sentimentos, que não se ame saudavelmente.

Não se agarre a um homem que não seja capaz de reconhecer sua beleza interior e exterior e suas qualidades morais.

Não deixe entrar em sua vida um homem a quem tenha que adivinhar o que quer, porque não é capaz de se expressar abertamente.

Não se enamore de um homem que ao conhece-lo, sua vida tenha se transformado em um problema a resolver e não em algo para desfrutar”.

“Não creia em um homem que tenha carências afetivas de infância e que trata de preenche-las com a infidelidade, culpando-a, quando o problema não está em voce,e sim nele, porque não sabe o que quer da vida, nem quais são suas prioridades”.

Por que querer um homem que a abandonará se voce não for como ele pretendia, ou se já não é mais “ útil ”?…

Por que querer um homem que a trocará por um cabelo ou uma cor de pele diferente, ou por uns olhos claros, ou por um corpo mais esbelto?

Por que querer um homem que não saiba admirar a beleza que há em voce, a verdadeira beleza… a do coração?

Custou-me muito compreender que GRANDE HOMEM não é aquele que chega no topo, nem o que tem mais dinheiro, casa, automóvel, nem quem vive rodeado de mulheres, nem muito menos o mais bonito.

Um grande homem é aquele ser humano transparente, que não se refugia atrás de cortinas de fumaça, é o que abre seu coração sem rejeitar a realidade, é quem admira uma mulher por seus alicerces morais e grandeza interior.

Um grande homem, é o que caminha de frente, sem baixar os olhos; é aquele que não mente, embora às vezes perca por falar a verdade… e sobretudo, um grande homem é o que sabe chorar sua dor sem fugir dela…

Um grande homem é o que cai e tem a suficiente força para levantar-se e seguir lutando…

Hoje minha irmã está casada e feliz, e esse Grande Homem com quem se casou, não era nem o mais popular, nem o mais solicitado pelas mulheres, nem o mais rico ou o mais bonito.

Esse Grande Homem é simplesmente aquele que nunca a fez chorar… é quem no lugar de lágrimas lhe roubou sorrisos…"


Mulheres... apaixonem-se... saiam dessa neura! Deuses gregos estão mortos.

21 outubro 2009

Pela janela


Acho que vou colocar o nome do meu filho de Rubem, só por causa desse cara! Dá uma lida:

Algumas pessoas olham através da vidraça, discutem sobre uma casa que estão vendo, ao longe.

Uma das pessoas diz que aquela casa é habitada por um nobre, de hábitos aristocráticos e conservadores. Uma outra diz o contrário, que lá mora um operário, membro do sindicato, revolucionário. Uma terceira diz que os dois primeiros estão errados: ninguém mora na casa. Ela está vazia. Pedem a minha opinião. Eu me aproximo, eles apontam através do vidro, na direção da casa. Olho, olho, e concluo que alguma coisa deve estar errada com os meus olhos. Eu não vejo casa alguma. O que eu vejo são os reflexos do meu próprio rosto, nos vidros da vidraça...

Diz o Alberto Caeiro que pensar em Deus é desobedecer a Deus. Se Deus quisesse que pensássemos nele ele apareceria à nossa frente e diria: ‘Estou aqui!’ Mas isso nunca aconteceu. William Blake falava em ‘ver a eternidade num grão de areia...’ A eternidade se revela refletida no rio do tempo. Já tive uma paciente que achou que estava ficando louca porque viu a eternidade numa cebola cortada! Cebolas, ela já as havia cortado centenas de vezes para cozinhar. Para ela cebolas eram comestíveis. Mas, num dia como qualquer outro, ao olhar para a cebola que ela acabara de cortar, ela não viu a cebola: viu um vitral de catedral, milhares de minúsculos vidros brancos, estruturados em círculos concêntricos, onde a luz se refletia. Eu a tranqüilizei. Não estava louca. Estava poeta. Neruda escreveu sobre a cebola ‘rosa de água com escamas de cristal...’

Pessoas há que, para terem experiências místicas, fazem longas peregrinações a lugares onde anjos e seres do outro mundo aparecem. Eu, ao contrário, quando quero ter experiências místicas, vou à feira. Cebolas, tomates, pimentões, uvas, caquís e bananas me assombram mais que anjos azuis e espíritos luminosos. São entidades assombrosas. Você já olhou para elas com atenção?

Penso que Deus deve ter sido um artista brincalhão para inventar coisas tão incríveis para se comer. Penso mais: que ele foi gracioso. Deu-nos as coisas incompletas, cruas. Deixou-nos o prazer de inventar a culinária.

Místicos e poetas sabem que o Paraíso está espalhado pelo mundo - mas não conseguimos vê-lo com os olhos que temos. Somos cegos. O Zen Budismo fala da necessidade de se ‘abrir o terceiro olho’. Repentinamente a gente vê o que não via! Não se trata de ver coisas extraordinárias, anjos, aparições, espíritos, seres de um outro mundo. Trata-se de ver esse nosso mundo sob uma nova luz.

Rubem Alves

15 outubro 2009

Paulo Brabo

Esse cara dispensa comentários:


Texto em Bacia das almas


Em italiano “cristianismo” é cristianesimo, o que me faz rir todas as vezes, naturalmente, porque ouvido em português parece reduzir o cristianismo a número ordinal com conotação especial para o exagero ou para o tédio:

– Você é a cristianésima pessoa a me dizer a mesma coisa.

07 outubro 2009

Palestra com Profissionais no Bairro São Jorge

No último sábado, por iniciativa da Missão Escola da Vida, vários profissionais se juntaram para palestrar para crianças e adolescentes do Bairro São Jorge em Uberlândia.

Através do rodízio de salas e profissionais, essas crianças puderam aprender um pouco mais sobre profissões e carreiras e claro, receberam a semente do sonho de se tornarem um profissional nesta vida.

Ainda teremos outras! Se Deus quiser.


E se você leu isso aqui e quer ajudar a Missão Escola da Vida, entre em contato comigo... escreva um comentário... sempre tem espaço pra ajudar mais um pouquinho.

CLIQUE AQUI PARA VER TODAS AS FOTOS

02 outubro 2009

ET. Telefone. Minha Casa


Definitivamente, me sinto um ET em meio a tantos pastores e líderes evangélicos. Claro que encontrei aqui gente que te desconcerta pelo amor que tem por Jesus, mas esses são a exceção.

Mas o mais interessante aqui é o reforço positivo para o "gueto evangélico". Como um congresso de gente que se reúne para dizer que são melhores que os outros.

Aqui se dão ao direito de dizer quem está no caminho de Deus e quem não está. Se prestam ao papel de julgadores e lançam sem nenhum remorso pessoas no inferno.

Mas o que me chama a atenção na aula que estou agora é o discurso que diz: Pregue o evangelho, porém, diga também que é difícil, que andar com Jesus não é brincadeira, que tem que tomar sua cruz. Ou seja, o convite de Jesus é para todos! Mas veja lá hein... não caia na besteira de achar que Jesus vai te dar vida e pronto...

Não me reconheço mais no meio do povo que se chama Povo de Deus. Os tênues laços são cada vez mais fracos.

Não vou fazer o mesmo e julgar. Estarei perdido se não andar segundo aquilo que me foi revelado e desafiado por Deus. Assim, julgo a mim e me acho pecador. Só isso.

Mas é triste... muito triste.

27 setembro 2009

Socorro


“Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir
Socorro, alguma alma, mesmo que penada
Me entregue suas penas
Já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate, nem apanha
Por favor, uma emoção pequena
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Em tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Socorro, alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento, acostamento, encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada, nada” Arnaldo Antunes

Estou participando de um seminário para líderes de um instituto internacional em uma cidade no interior de São Paulo.

A música acima é a expressão dos meus sentimentos aqui.

Socorro, não sinto mais nada.

Estou rodeado de pastores e líderes... É sufocante.

Ainda bem que escolheram um auditório imenso... pois não haveria espaço pra tanto ego!

Só sei que fico triste. Muito.

Eu sou um teimoso irreparável. Por isso ainda tenho alguma esperança na igreja. Por isso acho que esta semana vai ser muito especial!!!

Sabe por quê? Vou sair daqui sem nenhuma!

16 setembro 2009

Boff e Dalai Lama

Pra pensar. Achei no blog do Nazareth



Esse episódio o próprio Leonardo Boff explica:

"No intervalo de uma mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, na qual ambos (eu e o Dalai Lama) participávamos, eu, maliciosamente, mas também com interesse teológico, lhe perguntei em meu inglês capenga":

"Santidade, qual é a melhor religião?"
(Your holiness, what’s the best religion?)

Esperava que ele dissesse:

"É o budismo tibetano" ou "São as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo".

O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olhos o que me desconcertou um pouco, porque eu sabia da malícia
contida na pergunta e afirmou:

"A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus, do Infinito".
E continuou:

"É aquela que te faz melhor".

Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar:

"O que me faz melhor?"

Respondeu ele:

"Aquilo que te faz mais compassivo, aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável...Mais ético... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião..."

"E aí senti a ressonância tibetana, budista, taoísta de sua resposta. Calei, maravilhado, e até os dias de hoje estou ruminando sua resposta sábia e irrefutável..." concluiu Leonardo Boff.

Diálogo simples, profundo, parafraseando o nosso bom filósofo Nietzsche, a algumas perguntas são filosóficas e a filosofia pode ser comparado com um ruminar onde lemos, relemos, e, depois em um gesto constante... ruminamos... ruminamos... ruminamos...

28 agosto 2009

O Evangelho

Li no Pava:

O Evangelho não é um chamamento ao arrependimento ou à correção de nossos caminhos, ou uma forma de pagar pelos nossos pecados antigos, ou para prometer ser melhor no futuro. Estas coisas têm o seu lugar, todavia elas não constituem o Evangelho; porque o Evangelho não é bom conselho para ser seguido, são boas-novas para serem cridas. Então, não cometa o erro de pensar que o Evangelho é um chamamento ao trabalho ou um chamado para uma mudança, um chamado para melhorar o que você é, para comportar-se de uma maneira melhor que a que você tenha sido no passado...

Nem é o Evangelho um pedido para que você desista do mundo, que você desista de seus pecados, que você quebre seus maus hábitos, e tente cultivar hábitos bons. Você pode fazer todas estas coisas e ainda nunca ter acreditado no Evangelho e consequentemente nunca ter sido salvo.

Pastor Harry A. Ironside (1876-1951), em seu sermão: What Is The Gospel?

26 agosto 2009

Eu sei, mas não devia

Eu sei, mas não devia (1972)
Marina Colasanti


Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.


Marina Colasanti nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, também, para revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.


O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.


Recebido por email do amigo Rafael Juliano

Comece bem seu dia!

Propaganda muito boa...

Achei no Sedentário



E a vontade que dá de acordar com essa disposição... ahahahaah

24 agosto 2009

No Getsêmani

Ontem em nossa reunião eu falava do quanto esta música me toca... queria deixar aqui para quem quiser ouvi-la e e sentir o que bem quiser.

Grande abraço.

05 agosto 2009

Frase do dia

"Ora, ninguém que ande no Evangelho e segundo a mente de Cristo, terá qualquer sistema fechado; posto que somente em Jesus, o Cristo Eterno de Deus, é que todas as coisas têm sua síntese e convergência total."

Caio Fábio

04 agosto 2009

Segunda Feira Blues

Eu já tinha escrito aqui sobre essa música. Afinal, é da minha banda predileta!

Mas fiquei muito feliz mesmo com essa adaptação que fizeram. Segue:

29 julho 2009

Quintela em Uberlândia II

Ontem, Terça feira, tivemos um happy hour com o Quintela na casa do Wellington, mentor da Estação de Uberlândia do Caminho da Graça.

Pra variar, o Marcelo trouxe uma reflexão prazerosa e dolorosa... pois ao mesmo tempo que é bom ouvir coisas simples da parte de Deus, é também difícil de se digerir e ainda mais complicado de enfrentar o desafio.

Mas novamente, foi excelente!

Seguem algumas fotos. O restante você encontra clicando aqui!!!


27 julho 2009

Quintela em Uberlândia



Nosso grande amigo Quintela está em Uberlândia para um descanso. Mas ainda assim, achou espaço para nos visitar na reunião que acontece toda Quinta feira na Escola da Vida, ONG que o Caminho de Uberlândia está apoiando.

Abaixo uma pequena colagem de algumas fotos. Para ver todas, clique aqui

Ouro de Tolo


Acredito que a comunidade evangélica brasileira seja hoje o maior poço de crise que se possa conhecer. Aliás, muito mais do que o PT, que já foi o Partido dos Trabalhadores e agora é somente mais um partido corruPTo.

O que me chama a atenção é que conseguimos atingir o que pedia em movimentos “proféticos” de alguns anos atrás. Chegamos no local onde queríamos!!! Olhe só:


- Hoje a música do Régis Danese toca em todas as rádios, compete com a Shakira e com o Zezé de Camargo. E também tem em qualquer versão que você queira ouvir.


- Jesus agora também joga bola e está no campeonato espanhol, inglês, brasileiro e foi até campeão da copa das confedereções!


- “Jesus” está na TV todo dia! Você pode ver no sábado de manhã, durante o horário da novela, no horário do jornal, tem canal exclusivo! Enfim, “Jesus” agora é um super Pop Star!


- Hoje podemos dizer que qualquer cidade do Brasil tem um posto do Correios, um caixa do Bradesco e pelo menos 3 igrejas. E de qualquer jeito que você quiser.


- Hoje tem igreja underground, superground, upground, tribal, tribalista, surfista, maluco beleza, enternados, de bermuda, só de saia, sem saia, hoje tem igreja pra todo mundo!!! Basta olhar no cardápio e escolher o que o seu estômago consegue engolir.


- O Planalto agora também é de Jesus!!! Veja a bancada evangélica! Homens ungidos por Deus para que possam representá-LO ali no planalto. São todos mini papas! Verdadeiros homens de Deus (ou não).


- Temos nossos próprios meios de comunicação, temos satélites, sites, orkuts, comunidades, tv´s! Caramba, Jesus agora pode falar com todos da forma como quiser! Viva a globalização!


Que maravilha, o alvo foi atingido! E agora???


E agora nada. Porque atingimos os nossos alvos e nos esquecemos dos alvos de Jesus. Ele nunca quis essa popularidade, mas sempre desejou a exclusividade no coração de quem O Ama. Na verdade, o desejo dEle sempre foi que tivéssemos os mesmos alvos que Ele. Ele não precisa de TV ou outros meios de representação. Ele pode falar aos corações lembra? O homem nunca vai inventar uma tecnologia tão boa!


Um certo cara disse que:


“Porque foi tão fácil conseguir

E agora eu me pergunto "e daí?"

Eu tenho uma porção

De coisas grandes prá conquistar

E eu não posso ficar aí parado...”


O que dói na garganta é descobrir que o Brasil agora é de Jesus! Sim... Jesus comprou o Brasil! Mas não com sangue.


Porque não posso crer que estamos falando do mesmo Jesus.


O Brasil é de Jesus! Um Jesus interesseiro, negociador, cheio de malandragens, um Jesus que é parcial, que torce pro seu time e ferra com os outros para beneficiar os seus. Um Jesus que na verdade, é muito mais um Macunaíma!


Portanto, é isso aí. A igreja atingiu o objetivo! E agora? Descobriu-se que no final do arco-íris, o ouro era de tolo! Só isso.


Fizemos muito... para hoje não sermos nada.


Parabéns a todos... a igreja é um sucesso, um fenômeno mercadológico!


Mas não espere palmas de Jesus.

Frase do momento


Recebido por email de uma amiga.

24 julho 2009

Isso é que entrada de casamento!!!

Cara.... depois desse vídeo... minha entrada no casamento foi pra lá de comum!!!!!!

Olha isso!!!!!!!!!



Aconteceu em Minessota, nos USA...

Bom bagarai!!!!!

23 julho 2009

Frases

E tome mais Jasiel!!!!

Judeus que mudaram

a forma de vermos a vida:

Moisés: A Lei é Tudo!

Jesus: O amor é Tudo!

Marx: O Capital é Tudo!

Freud: O Sexo é Tudo!

Eintein: Tudo é Relativo!

Mula sem cabeça?

Abaixo a ilustração do Jasiel Botelho, pai do meu amigo Marcos Botelho, líder do JV na Estrada! Gente muito boa e comprometida com o Evangelho.



E a pergunta é essa mesmo... seria a igreja atual uma mula sem cabeça???

22 julho 2009

Que porra de evangelho é esse?

Hoje o Pava tá bombando!!!

Que porra de Evangelho é esse?

A prova de que o cristão não anda muito interessado em aprender sobre Cristo é o fato de que nesse momento muitos cristãos conhecem maravilhosamente bem o significado de porra mas nunca se interessaram em ler ao menos os evangelhos. Cai como uma luva sobre a igreja brasileira a já tão conhecida frase do Tony Campolo: “Enquanto você dormia ontem, 30000 crianças morreram de fome ou de doenças relacionadas a má nutrição. E mais, a maioria de vocês nunca ajudaram em merda nenhuma. E o que é pior: você está mais perturbado com o fato de eu ter dito “merda” do que com a notícia de que 30000 crianças morreram de fome na última noite.

Qualquer um que vai à igreja se depara com uma deturpação da lei da semeadura que apresenta-se de maneira tão clara:

Gal 6:7 Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará.
Gal 6:8 Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.

Como não poderia deixar de ser em um momento que a alienação atinge altíssimos níveis na igreja cristã - a batida contínua na mesma tecla ocorre somente porque é o que se pode ver diariamente desde igrejas de fundo de quintal a templos enormes portanto, calar-me ao meu ver é ser conivente - interpreta-se um versículo que fala de recompensa pós-vida para alimentar um povo fanático com falsas esperanças de vitórias.

O primeiro erro está em pensar que semear é cumprir ritos considerados sagrados por humanos. Sim, é difícil de acreditar mas, ainda existem pessoas que acreditam que não fumar, beber ou xingar é mais importante do que coisas extremamente piegas como amar e perdoar. A constatação do motivo é fácil e simples: o cristianismo não é simples, ele é conciso. Quando nos utilizamos da famosa e clássica definição de empatia:

Mat 7:12 Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas.

não estamos dizendo que o evangelho é simples ou de fácil entendimento prático, observa-se que Cristo definiu a prática das boas-novas de forma concisa, até porque se o cristianismo fosse de fácil compreensão a prática, mesmo por aqueles que dizem não viver uma religião, seria bastante palpável.

Na realidade o que se prega em quase todo culto o qual você tenha o desprazer de ir não passa de uma imitação barata do tão afamado Karma. Faça uma coisa boa e algo bom acontecerá e o mesmo ocorre com o oposto, essa é a definição mais simples de karma. Ou, quem sabe, pregadores, no afã de agradar o lado científico, tentam aplicar a Terceira Lei de Newton conhecida como Lei da Ação e Reação a uma mensagem totalmente metafísica.

Bastante clichê o discurso de crítica à igreja, no entanto a putaria que estão transformando a interpretação bíblica é tão absurda que falar palavras consideradas de baixo calão não chega nem perto da enganação e do prejuízo que os evangélicos trazem a sociedade. Fazem uma orgia de significações com um único, simples e absoluto objetivo: agradar seus próprios egos. Quem terá coragem de dizer que nenhuma personagem bíblica da Nova Aliança se deu bem em vida? Que os mais fieis tiveram mortes terríveis? Que o cristianismo não é uma vitória em vida? Que porra de Evangelho é esse que dizem pregar?

P.S.: O objetivo do uso de palavrões é causar impacto no sentido de que é isso, em linguagem clara e simples, que os não-cristãos perguntam quando vêem escândalos e mais escândalos, incoerências e fanatismo. A mensagem de Cristo é clara, apesar de João 13:35 não se fazer presente nunca.

P.S.: Peço desculpas aos que não gostam de ler tais palavras, me apoio na licença poética apesar da falta de poesia.


Raphael Rap, no blog Rapensando.

Vamos chamar os pássaros...

Excelente texto que achei lá no Pavablog:

Os pássaros

MENINAS e meninos, a briga entre os bichos da floresta era sobre "dieta": quem come o que, quem come quem...

Os vegetarianos formaram o Partido das Bananas. Os carnívoros pensaram em formar o Partido da Linguiça, mas logo, aconselhados pelo Camaleão, adotaram a tática da dissimulação e deram ao seu partido o nome de Partido dos Abacaxis, que, graças à ingenuidade dos membros do Partido das Bananas, que acreditaram que, entre banana e abacaxi, não havia diferença, ganhou as eleições.

Empossado o Congresso, os representantes elegeram o seu presidente, a Hiena, sempre com um sorrisinho de Monalisa no focinho.

Na sua posse, ela fez um discurso sobre as excelências da dieta vegetariana. Citando o filósofo alemão Ludwig Feuerbach, que disse que somos o que comemos, ela declarou: "Vacas comem capim, portanto são capim. Macacos comem banana, portanto são bananas. Galinhas e patos comem milho, portanto são milho. Assim, onças que comem vacas estão, na verdade, comendo capim. Uma cobra que come um macaco está, na realidade, comendo bananas. Um gambá que come galinhas está, na realidade, comendo milho. São todos, portanto, vegetarianos. Assim sendo e em cumprimento às promessas que fizemos no período eleitoral, proclamo a lei de que todos os animais terão de ser vegetarianos. Viva a República Vegetariana!".

O discurso da Hiena foi seguido por um festival gastronômico em que hienas, onças, lobos, cães vadios, cobras, gambás e gatos vegetarianamente churrasqueavam vacas, veados, macacos, galinhas e passarinhos. A lei é clara: todos os animais são vegetais transformados...

Aí os membros do Partido das Bananas perceberam que haviam caído numa armadilha. Leis são armadilhas. Uma vez feitas, não podem ser abolidas, a menos que sejam revogadas por aqueles que as fizeram.

E, olhando para seus gordos representantes no Congresso, perceberam que nenhum deles estava disposto a trocar costeletas, lombos e linguiças por alface, couve e cenoura... Concluíram, então, que, com aquele Congresso de carnívoros, a reforma política jamais seria realizada.

Foi então que um leitão rechonchudo chamado Alfred Hitchcock pediu a palavra. O dito leitão ponderou: "Eu não posso enfrentar a onça. As galinhas não podem enfrentar os gambás. Os cordeiros não podem enfrentar os lobos! Mas os pássaros! Milhares de pássaros em seus voos rasantes e bicos pontudos! Que poderão fazer as onças, os gambás e os lobos contra o ataque de milhares de pássaros? Vamos chamar os pássaros! Eles são vegetarianos! São nossos aliados!".

E assim aconteceu. Vieram então, em bandos que tapavam o sol, milhares de andorinhas, sabiás, pardais, tico-ticos, periquitos... Invadiram o edifício do Congresso. Foi um pandemônio. O espaço escureceu. O barulho dos pios e dos gritos dos pássaros era ensurdecedor. Milhares de bicos bicando sem parar em mergulhos certeiros.

Além disso, por onde iam, soltavam seus excrementos moles e fedidos que escorriam pelos sorrisos de Monalisa dos excelentíssimos.

Os representantes gritavam histéricos: "Isso é conspiração dos meios de comunicação". Os gambás, as onças, os lobos, os cães vadios e as hienas fugiram e nunca mais voltaram, com medo de que os pássaros lhes furassem os olhos...

Isso, meninos e meninas, tem o nome de revolução. Revolução é quando os eleitores resolvem, eles mesmos, demitir os seus representantes que os traíram e fazer, eles mesmos, as leis. Portanto vamos chamar os pássaros...

Rubem Alves, na Folha de S.Paulo.

09 julho 2009

Não tenho palavras pra este título

Senhores,

Peço por favor que acompanhem o relato abaixo que foi primeiro visto no Pavablog e depois lido nos seguintes endereços:
http://igrejainternacional.wordpress.com/2009/06/29/consumido-pela-culpa/
http://www.igrejainternacional.com/fiel-pergunta/consumido-pela-culpa/

Quem toca essa igreja Internacional é um cara chamado Silas Adoniran. Tem sites e comunidade no Orkut.

E se você tá preocupado que os índios que nunca ouviram falar de Jesus é que vão pro inferno... basta dar uma lidinha no texto abaixo que você entende que os índios estão numa boa...

_________________________

Meu melhor amigo, Chiquinho, tem uma irmã com síndrome de down que é quatro anos mais nova que eu. Comigo ela sempre foi muito simpática e educada, ao atender o telefone ou quando eu os visitava. Até me disse uma vez que me achava muito legal, algo que ela não dizia aos outros rapazes que frequentavam sua casa.

Bem, no feriado da sexta-feira da paixão fui à casa do Chiquinho pra jogar video game e jogar conversa fora. Ficamos jogando à tarde, e sua irmã, Fernanda, junto conosco brincando com suas bonecas e ocasionalmente nos assistindo. A mãe dos dois estava fora fazendo compras. O telefone tocou lá pelas dezoito horas, era a mãe de Chiquinho. O seu carro havia estragado e pediu que ele fosse até lá ajudá-la.

Chiquinho me pediu para tomar conta de sua irmã enquanto ele ia ver o carro. Concordei e ele saiu. Fiquei sozinho com a Fernanda. Logo cansei do vídeo game e fui para o computador. Ela se levantou e ficou atrás me observando, foi quando ela perguntou:

- O que você está fazendo, Baltazar?

- Estou digitando um trabalho.

- É importante?

- Sim, muito importante.

Ela ficou quieta um instante e continuei digitando, cinco minutos depois ela me surpreendeu:

- Baltazar, eu conheço sexo.

- O quê!?

- Sexo…

- Melhor a gente mudar de assunto, né?

- Não quer fazer comigo?

Aquilo me deixou sem reação. O que fazer? Aquilo era certo? O que Chiquinho iria pensar de descobrisse? Várias dúvidas se passaram pela minha cabeça.

Mas sim, acabei fazendo sexo com ela. Foi sua primeira vez, ela sangrou e gemeu muito. Após terminar me limpei no chuveiro, voltei ao seu quarto e certifiquei se ela estava bem. Voltei ao computador e uma onda de apatia caiu sobre mim. Apenas 20 minutos depois Chiquinho chegou com sua mãe. Falei que já era tarde e que tinha que ir pra casa.

Ao chegar em meu lar deitei na cama e fiquei me remoendo, pensando no que havia feito. Tomei um calmante, Valium 10mg, e adormeci.

Cedo, às sete da manhã fui acordado pelo toque do telefone. Atendi e pro meu desgosto era Chiquinho:

- Oi, Baltazar… humm, bem, preciso falar contigo.

- Oi, Chiquinho, algum problema?

- Bem, ontem depois que você saiu de casa a Fernanda estava agindo de forma estranha.

- De forma estranha?

- Sim, havia sangue escorrendo em sua perna.

- O quê!?

- Sim, estamos tentando entender o que aconteceu. Sabe de alguma coisa?

- Não, Chiquinho, mas isso é muito estranho mesmo. Bem eu preciso ir, tenho que tomar o café da manhã.

- Tudo bem, Baltazar, depois nos falamos.

O que eu faço agora? Confesso tudo ou tento convencê-la a ficar de bico fechado? O meu maior temor é que sabendo que ela é deficiente também é impresível, e pode contar para sua mãe ou irmão a qualquer momento. Acho que eles não irão entender…

Por favor, Pastor Silas, me ajude!



Olá, Baltazar, primeiramente gostaria de parabenizar sua coragem de relatar tais fatos. Bem, haja visto que foi a garota que propôs a relação a culpa foi inteiramente dela, você estava estudando em frente ao computador e ela lhe despertou o desejo com insinuações.

Por isto digo que seu sentimento de culpa é totalmente ridículo, Baltazar. A Bíblia diz em 1 João 3:19-20 “Nisto conheceremos que somos da verdade, e diante dele tranqüilizaremos o nosso coração; porque se o coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas.”

Esqueça o ocorrido e passe à se dedicar à Deus e elevar seu pensamento e pare de frequentar a casa de seu amigo Chiquinho, que pelo visto não é evangélico, já que possui um video game em seu lar.A paz

Pastor Silas

Amazing Grace

Bom... tem muito tempo que tô falando aqui nesse blog sobre o que é ser... e não parecer ser.

É muito bom quando encontro algo em outros lugares que anseiam pelo mesmo.

Bom, o vídeo abaixo fala do projeto original de Deus para que vivêssemos em comunidade. E não essa porcariada que aí está.

Bjão pra você!!!

05 junho 2009

Eu já sabia!!!!!!!!!!!

Escolha seu nerd!!!

A Monica escolheu o dela e seu deu bem... ahahahahahahahahaha








Quando ela me conheceu... era beeeeeeeeeeem pior!!! ahahahahahahah

03 junho 2009

Mais sutis


Texto curiosíssimo do Brabo.

Sem pretensões de conclusões ou nada... apenas uma leitura interessante:




– Minha idéia – disse o roteirista – é explorar uma espécie de diferente de totalitarismo. Algo insidioso e sutil, que evite por inteiro aqueles discursos dramáticos de ditador diante de uma multidão cega. A idéia na verdade é ocultar até o final a identidade do ditador.

– O problema é que todas as histórias de totalitarismo já foram contadas – observou o diretor, com cautela. – Nos nosso dias, depois da morte das ideologias, o público do ocidente desenvolveu um faro apuradíssimo para populistas e cafajestes. Quando o seu ditador começar a abrir as asinhas qualquer espectador será capaz de farejá-lo a quilômetros de distância.

– Hitler começou com alguma sutileza. Ele não aboliu as instituições imediatamente, mas criou organizações paralelas aparentemente inofensivas que acabaram engolindo as entidades oficiais.

– Hitler começou incendiando o edifício do Parlamento e anulando os direitos civis. Não há muito de sutil nisso.

– Devemos então ser mais sutis.

– Isso sem dúvida – o diretor puxou do bolso o maço de cigarros.

– Na Alemanha de Weimar a postura geral em relação à República era de desconfiança e ressentimento – disse o roteirista, inclinando-se para a frente. – As pessoas sentiam falta da segurança da monarquia e da autoridade unânime do Kaiser, e desconfiavam com a mesma intensidade da democracia que os vencedores lhes haviam aplicado goela abaixo. Eram gente acostumada a obedecer e venerar uma única figura carismática, e puderam assim sem qualquer trâmite abraçar a retórica de Hitler.

– Precisamente – o diretor puxou um cigarro, segurou entre os dedos e passou a batê-lo gentilmente na superfície da mesa. – Hoje em dia vivemos no extremo oposto do espectro. O que os alemães de Weimar desconfiavam da democracia, nós desconfiamos do totalitarismo.

– A não ser que, como na Alemanha de entre as guerras, as circunstâncias encontrem o ditador certo.

– Não, não. Tarimbados como estamos, nem mesmo a crise atual bastará para cairmos na armadilha de um Mussolini. Os direitos civis são agora religião, a única coisa sagrada que resta. O sujeito que quiser aboli-los será o primeiro a ser abolido. Fale uma palavra contra a democracia nesse seu roteiro, e você vai ver.

– E faz sentido que tenhamos criado esses mecanismos, porque historicamente foram as ações populares que restauraram periodicamente o equilíbrio de sistemas e governos doentios. Pense na Revolução Francesa, nas revoltas pela abolição…

– A própria Resistência – o diretor acendeu o cigarro e puxou um trago solene.

– Exato. As ações populares servem para equilibrar os governos, mas este é um processo cujos extremos não conhecemos. Imagine um mundo em que a participação dos cidadãos torne-se tão pulverizada que passe a reverter os pratos da balança.

– Não estou entendendo – o diretor reclinou-se para trás, equilibrando no encosto da cadeira o braço do qual pendia o cigarro. – De que mundo estamos falando?

– Imagine um mundo – prosseguiu o roteirista – em que o cidadão espere que o respeito que lhe prestam não seja um bem a ser adquirido pela sua postura pessoal, mas um serviço dos outros que cabe ao governo fazer cumprir. Um mundo em que a proliferação de direitos individuais acabe cerceando o bem comum, ao invés de promovê-lo.

Uma ruga de compreensão e assombro formou-se na testa do diretor.

– Num mundo assim – ele disse, – os pais processam a polícia pelos delitos dos filhos.

– Isso mesmo – celebrou o roteirista. – Uma sociedade litigiosa. Numa sociedade dessa natureza todos se tornam delatores potenciais de todos, precisamente como, digamos, no totalitarismo soviético. A diferença é que o que motivava um delator soviético era o fato de que todos os direitos haviam sido subtraídos de todos; numa sociedade litigiosa o que motiva o delator é que todos os direitos foram outorgados a todos. O negativo é agora positivo.

– E portanto mais atraente.

– E portanto irresistível. A vigilância é onipresente, não porque o governo está em todo lugar, mas porque o povo está.

– Se o meu direito termina onde começa o direito do outro – o diretor apagou o cigarro no canto da mesa, – onde há apenas direitos todos são plenamente cerceados por eles. Nada acontece.

– Nada acontece que não seja potencialmente litigioso – corrigiu o roteirista. – Ou seja, todos apelam continuamente para que o governo garanta os seus direitos.

– E o papel do povo numa democracia, que era policiar os excessos do governo, é revertido. O governo se vê obrigado a julgar os excessos do povo.

O roteirista recusou-se a acrescentar alguma coisa.

– Meu Deus – disse o diretor, puxando novamente o maço de cigarros do bolso.

– Precisamente – disse o roteirista.

Salve Paulo Brabo

27 maio 2009

A missão Caiuá no Jornal Nacional

Olá pessoal,

Tenho muito prazer em colocar este vídeo aqui, porque é a vida de um dos homens que muito admiro nessa terra. Meu primo Benjamim.

Ele é pastor e deu sua vida pelos Índios Caiuá! Pra lá levou hospitais e escolas e muita gente disposta a ajudar a tribo. Eu mesmo tive o privilégio de ir pra lá e trabalhar com os índios, ainda tenho comigo as fotos e as boas lembranças da viagem.

Reportagens como essa mostram que também tem gente séria na igreja Evangélica. Infelizmente, estes são as excessões e com certeza são os que menos recebem apoio da igreja. Ou você já ouviu algum pregador de sábado de manhã pedir grana pra ajudar quem precisa... que nada, querem é comprar espaço na TV.

Existe gente séria e de Deus... inclusive na igreja evangélica. Pena que são muito mais raros do que eu gostaria.

À minha família que está em Dourados, com meus primos Enoque, Daniel, Denis e Miriam e seus familiares, meu grande abraço e admiração. Vocês levaram a mensagem ao pé da letra e os frutos falam por si só!

25 maio 2009

Fracassos

Para dar um gás na sua segunda feira... segue um vídeo que recebi de uma colega de trabalho.



inté!

06 maio 2009

Definição de Esquerda e Direita


Olá, não tô afim de polemizar nada... porém, achei este email enviado por meu amigo Túlio pra lá de interessante!!!

Os que me conhecem sabem da minha posição de centro-direita e da minha dificuldade em entender e apoiar o assistencialismo defendido pela esquerda. Mas esse texto é dos bons... Leia aí, no mínimo você se diverte.

Ok, antes de alguma pedrada também quero deixar claro que entendo que faltam oportunidades. Sim, o capitalismo selvagem da forma como está deixa poucas saídas para quem não nasce no lugar que oferece oportunidades. Mas sempre defendi o capitalismo responsável... onde todas as classes precisam ter acessos à questões básicas e também oportunidades para mudarem de classe. Mas não vou desenvolver este pensamento agora.

Aos amigos da esquerda, por favor o meu carinho e não se esqueçam somos dois lados (da mesma moeda).

************************
ESQUERDA E DIREITA


Uma certa universitária cursava o sexto semestre da Faculdade.
Como é comum no meio universitário, ela estava convencida de que era de esquerda e estava a favor da distribuição da riqueza. Tinha vergonha de que o seu pai fosse empresário e consequentemente de direita, portanto, contrário aos programas socialistas e seus projetos
que davam benefícios aos que mais necessitavam e cobrava impostos mais altos para os que tinham mais dinheiro.

A maioria dos seus professores e alunos sempre defendiam a tese de distribuição mais justa das riquezas do país.
Por tudo isso, um dia, ela decidiu enfrentar o pai.
Falou com ele sobre o materialismo histórico e a dialética de Marx, procurando mostrar que ele estava errado ao defender um sistema tão injusto e perverso como a direita pregava.
Seu pai ouviu pacientemente, como só um pai consegue fazer, todos os argumentos da filha e no meio da conversa perguntou:

- Como você vai na faculdade ?

- Vou bem, respondeu ela.
Minha média de notas é 9, estudo muito mas vale a pena. Meu futuro depende disso, eu sei !
Não tenho vida social, durmo pouco, mas vou em frente.

O pai prosseguiu:
- E aquela tua amiga Sônia, como vai?

E ela respondeu com muita segurança:
- Muito mal.
A sua média é 3, ela passa os dias no shopping e namora o dia todo. Pouco estuda e algumas vezes nem sequer vai às aulas. Acho até que ela é meio burra. Com certeza, repetirá o semestre.

O pai, olhando nos olhos da filha, aconselhou:
- Que tal se você sugerisse aos professores ou ao coordenador do curso para que sejam transferidos 3 pontos das suas notas para as da Sônia.
Com isso, vocês duas teriam a mesma média.
Não seria um bom resultado para você, mas, convenhamos, seria uma boa e democrática distribuição de notas para permitir a futura aprovação de vocês duas.

Ela indignada retrucou:
- Porra nenhuma!
Trabalhei muito para conseguir essas notas , enquanto a Sônia buscava o lado fácil da vida.
Não acho justo que todo o trabalho que tive seja, simplesmente, dado a outra pessoa.

Seu pai, então, a abraçou, carinhosamente, dizendo:

- BEM-VINDA À DIREITA Filha!!!!

30 abril 2009

Prost(instituição)


Senhores, segue um texto, aliás um puta texto!

Talvez eu sofra da mesma teimosia de achar os sonhos é um lugar melhor... e ainda melhor gastar meu tempo em fazer deles a coisa real. Talvez eu sofra mais por não me conformar... mas talvez não exista outra solução pra mim.

boa leitura.

*************

Prostitutas garantem: é um livre comércio. Os seus filhos estão no congresso. Os seus amantes nas igrejas. Seus cafetões são os melhores delegados e magistrados. Os seus melhores clientes estão nas universidades. O mundo é um prostíbulo globalizado. Legalizado!

Como diria nosso nobre dePutado, Paulo Maluff, “se o estupro é inevitável, relaxe e goze”.

É inevitável ser estuprado todos os dias com a programação televisiva, mas os brasileiros gostam e gozam quando a novela começa. Incrível, agradecem pelo estupro dando boa a noite ao bandido, quando ele começa o terrorismo intelectual no jornal das 8.

É inevitável ser estuprado pagando impostos. Incrível, e só nesse mundo, o estuprador engravida e as pessoas ficam na fila pedindo testes de dna. Pagamos os impostos, sem reclamar. Consentimos com dor, e esperamos meses e meses que o estuprador nos de uma pensão alimentícia - um bolsa família, que pague a educação dos nossos filhos, a saúde de seu feto.

É inevitável ser estuprado indo às igrejas. Vendem-nos a fé, e achamos normal. Já estamos acostumados a só levar, que até pagamos achando que a vida vai melhorar. Talvez assim, a população pense que o bandido pelo menos usará um creminho, camisinha. Mas a igreja veta o uso da camisinha, é meu amigo, o creminho é o sabonete santo batizado no mar Morto do Tietê com um ticket de Israel.

Todos estão contaminados com o vírus dessa dst legalizada. Não existe vacina. Um dia me disseram que o povo gosta de sofrer. A dor cura meu bem. E a humanidade caminha, pessoas doentes, vendidas, e algumas até acreditam na inocência do Lula.

Espera-se uma nova geração, mas colocam as crianças na frente da televisão assistindo o Faustão e desenhos de sexo explicito – reflexo de um mundo prostituído.

Espera-se a revolução da juventude, que escuta psy-trance em tendas armadas tomando pílulas legalizadas enquanto discutem sobre a próxima noitada.

Espera-se a revolução dos intelectuais, que se calam com medo da retaliação ou até mesmo porque sabem que suas vozes serão falácias.

Espera-se a revolução dos imortais, mas pena, eles são imortais justamente por não ter aonde cair morto.

Não sei como solucionar os problemas do mundo. Pediram-me pra cair no mundo real, pra acordar dos meus sonhos. Pronto, abri os olhos e vi o mundo assim, me desculpem, vou voltar ao meu sono.

Lá eu posso amar como se não houvesse amanhã, pois sei que se eu abrir os olhos verei que realmente não há. Vou sonhar, construir castelos no ar, navegar por grandes mares. Irei lutar contra moinhos de vento, irei conversar com Alice e as panelas falantes.

Vou orar ao Deus desconhecido que me apresente o terceiro Céu enquanto aprecio os seus belos escritos e me perco no oráculo.

E sempre quando me incomodarem a acordar. Lembrarei o prostíbulo que me espera se eu cair na real. Não obrigado, não vou salvar as putas, nem os filhos dela. Deixa-me procurar nas minhas utopias, o mundo que eu quero viver.

Jovem idealista, sonhador. Ao menos se eu sofrer nos meus sonhos, sofrerei por tentar viver o que eu quero, não relaxo e não vem pra cima de mim não. Meu spray de pimenta vem com a acidez de meu ser, o sarcasmo embutido.

Quem sabe o novo mundo está nos sonhos de jovens como eu, como você. Quem sabe, não nos encontremos em nossos sonhos e partimos em busca de um mundo novo. Você está convidado a sair desse prostíbulo filho teu, a escolha é sempre sua.

Enquanto isso, relaxe e goze.

Paulo Câmara, no blog TheWorldOwner.
dica do Francisco Salerno Neto - Via Pava