29 agosto 2008

Tabacaria

Para encerrar a sexta:

"Fiz de mim o que não soube

E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime."



O poema se chama Tabacaria... procura no google que agora tô sem tempo de colocar o link.

Irmãos que não conhecia II



Merchan básico aqui em cima... hehehe


Muitos comentários no texto I me levaram a escrever o II.

Não que eu me veja acuado para responder, mas pelo prazer mesmo.

Hoje um amigo me dizia o seguinte comparativo... quando vamos pintar uma parede de outra cor ou mesmo reformá-la, começa um processo. Daí, quando descascamos esta parede encontramos bolor, encontramos fiações mal ligadas, buracos, marcas do outro inquilino e mais um monte de coisas. Pois então, estou pintando minha parede da fé novamente.

O que acontece é que a cor já me parecia muito estranha, já não me reconhecia lá... afinal, não fui eu quem pintou aquelas cores. Só fui pegando sugestões e colocando lá.

Hoje, passados tantos anos, bem, resolvi repintar. E o que eu encontrei por baixo da pintura não foi nada bom.

Amanhã posso retornar a este blog e dizer que pensei e escrevi várias besteiras... (mas eu acredita que o post que me refiro não é uma dessas), mas abro minha carne a quem me lê para que talvez me entenda.

Cansei de me calar. Cansei de pensar e fazer as concessões que agradassem a outros. O que aqui escrevo é minha carne viva. São meus conflitos em alto e bom som.

Conflitos tão simples como dizer que se os crentes são os que irão para o céu e o resto fica, então o céu vai valer a pena só por Deus e não pela companhia.

Conflitos como olhar para a igreja e ter absoluta certeza que não era esse o plano de Jesus.

Conflitos como olhar para a teologia e não encontrar mais as respostas com certeza, aliás, agora são todas dúvidas.

Me tornarei ecumênico? Não sei.
Será que estarei reduzido a falar de outros? Não sei e de preferência não.
Conseguirei as respostas que procuro? Não sei.

Assim como a Filosofia, não estou procurando só as respostas... estou também muito preocupado em fazer as perguntas certas.

Muito obrigado a quem me lê, vocês me inspiram a continuar escrevendo!

27 agosto 2008

Lobos em pele de cordeiro

bom, isso traduz exatamente o que desejo para todos aqueles que se aproveitam da ingenuidade e simplicidade do povo de Deus. Lobos em pele de pastor, presbítero, diácono, líder de louvor, líder de célula, líder de etc etc etc...



ah, tirando a indireta.... o vídeo é pra lá de engraçado né.

Vi no MDig



ah, e já que veio aqui... clica no banner aí:

Irmãos que não conhecia


Ontem eu e Mônica tivemos o privilégio de participar de uma reunião com nossos irmãos da Igreja Católica na reunião da UFU.

Fomos com a intenção simples de fazer o convite para o acampamento Dias Melhores. E fomos tão bem recebidos, caramba, me deixaram de queixo caído.

Teve louvor, teve palavra, teve oração, teve tudo de bom. Igualzinho a gente... Ah, mas nesse momento algum descuidado vai dizer: "Mas teve Maria não teve? Eu sabia!!!". Caramba, é claro que teve Maria! Mas olha que coisa maravilhosa: Não teve pedido de dinheiro, ninguém ficou determinando nada, ninguém quis fazer guerra no "mundo espiritual", não teve marchinha para tomar a Ufu e colocar Jesus na cadeira de Reitor, não teve recadinho de Deus daqueles: "Irmãããoooo, Deus tem um plano na sua vida... Estou sentindo (aí treme e tem calafrios)".

Então, na boa, eu entendo, consigo entendê-los com Maria, não consigo entender é a gente mesmo. No frigir dos ovos, o que conta é Jesus mesmo. É Deus como Senhor e pronto, o que acontece é periférico.

Infelizmente pra nós, Deus é que tem se tornado periférico.

O rapaz que conduzia o louvor disse algo em sua oração que falou muito comigo. Havia se falado sobre nascer de novo e só quem nascer de novo entraria no céu... então o rapaz disse: "Muito obrigado Jesus, porque você não disse isso em caráter de exclusão, mas para que todos possam entender que existe uma forma muito mais perfeita de compreender tudo que acontece aqui".

Fui dormir pensando naquilo. Ele está certo. Nada do que Jesus disse foi em caráter de exclusão, mas de inclusão! E então, nossa teologia frouxa só nos mostra exemplos de exclusão. Somos peritos em excluir (e olha que tô sentindo isso na pele viu!).

Fiquei pensando nas festas de Reis que ia em Ituiutaba, depois tinha que aguentar os crentes me torrando o saco porque tinha comido iguarias consagradas! Ah, valha-me Deus viu! Quanta genuidade naquele povo, que era simples, mas era de fé.

Não digo estas coisas para que achemos que os católicos são melhores, de jeito nenhum. Mas digo tudo isso para ficar claro que nós não somos.

Somos iguais.

Somos irmãos.

26 agosto 2008

Caminhando

10 Benefícios da Caminhada

1. MAIS AMIGOS
A caminhada é um excelente exercício para manter as pessoas saudáveis e integradas na sociedade. Ajuda as pessoas a terem mais amigos!!!! A caminhada é também um excelente exercício para atingir um condicionamento físico saudável. Na caminhada, os riscos de lesões ortopédicas e cardiovasculares são mínimos em comparação a outras atividades.

2. AUXILIA NO CONTROLE DO COLESTEROL
A caminhada é uma atividade que emagrece, proporciona condicionamento cardiovascular e fortalece membros inferiores, além de reduzir as taxas de colesterol ruim (LDL e o VLDL) e aumentar o colesterol bom (HDL).

3. AUXILIA NO CONTROLE AO DIABETES
A caminhada é a atividade física mais indicada para o diabético, que deve praticá-la de três a quatro vezes por semana por, pelo menos, meia hora. A principal dica é usar tênis confortável e caminhar em local plano, sem buracos e bem ventilado. Já foi demonstrado em muitos estudos que a realização de exercícios reduz os níveis de glicose e melhora a ação da insulina. Essas ações reduzem a necessidade de medicamentos orais e a dose de insulina a ser aplicada. Além disso, o exercício queima calorias, o que ajuda no controle de peso e melhora o humor, ajudando a enfrentar os problemas da doença.

4. É BOM PARA O CORAÇÃO!
Como é uma atividade aeróbia, provoca a oxigenação cerebral e, se realizada rotineiramente, é capaz de liberar endorfinas — os hormônios que tranqüilizam e dão a sensação de bem-estar. A lista de doenças que a caminhada ajuda a evitar é imensa: acidente vascular cerebral, depressão, ansiedade, osteoporose, artrose, obesidade, diabetes “mellitus”, câncer de intestino e até intestino preguiçoso.

5. AUXILIA NA PREVENÇÃO À OSTEOPOROSE
Exercícios com suporte de peso (mesmo que o peso seja o seu próprio corpo) tais como caminhadas, exercícios aeróbicos, tênis e jogging são essenciais para o paciente com osteoporose. Mulheres no período pós-menopausa devem consultar o médico para verificar a necessidade de tomar estrógenos e progesterona (ou somente estrógenos para mulheres sem o útero). Esses medicamentos podem parar rapidamente a perda de osso, aliviar alguns dos sintomas associados à menopausa, beneficiar o coração por aumentar o "bom colesterol” (HDL) e diminuir o "mau colesterol” (LDL). Vale lembrar que se admite que os estrógenos podem aumentar ligeiramente a probabilidade do câncer de mama e útero. O paciente e seu médico determinarão a melhor alternativa em cada caso.

6. OSSOS MAIS FORTES
Assim como os músculos, os ossos se tornam mais fortes com as atividades físicas. Os melhores exercícios para os ossos são os exercícios de sustentação do peso, que forçam a pessoa a trabalhar contra a gravidade. Esses exercícios incluem a caminhada, corrida, subir degraus, musculação e dança.

7. MAIS VITALIDADE
A caminhada regular, desde que bem orientada, traz ao praticante uma série de benefícios como:
- Melhor estabilidade articular;
- Aumento de massa óssea;
- Aumento da taxa de hormônio do crescimento;
- Diminuição da freqüência cardíaca de repouso;
- Diminuição da pressão arterial;
- Melhor utilização da insulina;
- Controle da obesidade;
- Diminuição do risco de varizes;
- Diminuição do risco de derrame cerebral;
- Diminuição do risco de arteriosclerose;
- Diminuição do risco de lombalgia;
- Aumento da força;
- Aumento da flexibilidade;
- Aumento da resistência aeróbica;
- Aumento da resistência anaeróbica;
- Facilitação da correção de vícios posturais;
- Aceleração da recuperação de várias cirurgias;
- Melhora da qualidade do período gestacional;
- Facilitação do parto normal;
- Facilitação da mecânica respiratória;

8. AUMENTA A EFICIÊNCIA DO SISTEMA IMUNOLÓGICO

9. DIMINUI O ESTRESSE E COMBATE A DEPRESSÃO
A caminhada ajuda no tratamento de distúrbios psicológicos. Caminhar por 30 minutos, três vezes por semana, pode ser tão eficiente no tratamento de depressão aguda quanto a utilização de medicamentos.

10. CAMINHAR EMAGRECE!
O excesso de peso pode aumentar o risco para doenças cardiovasculares na medida em que aumenta suas chances de desenvolver hipertensão (pressão elevada), níveis elevados do "mau colesterol" e diabetes. A caminhada pode ajudar — e muito — a alcançar o peso ideal para manter a saúde.

Instituto Ortopedia e Saude

*********************

A razão deste post é bem simples. Além de eu estar num momento de tentar fazer mais exercícios (é duro viu...), também estou em novo momento de caminhar outros rumos!

Para quem não conhece o Caminho da Graça, clica no link aí.

Olha, a gente caminha todo dia e faz caminhada conjunta na terça feira! Tá convidado!!!

A infinitude e a nossa finitude

Acompanhe o slide abaixo.

Muuuuuito interessante.





Vi no site do Caio

A quem é líder

Coloco abaixo um pequeno trecho de um texto que li hoje pela manhã. É daqueles que mexem nas entranhas!

No final tem o link para ler o texto completo.

***************

"E mais: você começa a dizer para você mesmo que aquela vida com Deus de antes era coisa de criança, mas que agora, depois de ver como as coisas são, ainda assim você faz a Deus o favor de pregar o evangelho. E como você pensa que é isso que Deus quer (que se pregue o Evangelho, ou qualquer coisa que cite o nome "Jesus"), você julga que o crédito é seu justamente por você fazer o que Deus quer que se faça, mas que sem você Ele não faz ou faria. Desse modo, por razão de seu auto-engano, você começa a tornar-se a medida de todas as coisas para você mesmo, sem perceber que você está monstrificado, e isto enquanto é endeusado pelos pagãos que, de tão cegos, só enxergam as purpurinas das glórias de cultos de fumaça de gelo seco e de levitas angelicalmente erotizados, que se exibem meigamente como ninfos e ninfetas de um culto pagão estranhamente oferecido em nome de Jesus, e, em cujo espetáculo você seduz Deus para que lhe faça mais concessões, pois você prega; e, segundo você aprendeu, Deus tem delirium tremens quando ninguém prega o nome Dele no mundo.

Se você não sabia, saiba agora: Foi assim que você chegou até aqui onde agora, gloriosamente, se jacta de estar.

E você passa a ser parte de tudo isso, e se justifica dizendo que seria pior sem a sua presença, pois você já não é como era antes, mas, pergunta você: "Quem é?" — e responde: "Eu pelo menos sei o que não é, e, estou aqui apenas para ver se mudo alguma coisa".

Então, você prega em meio às piores contradições e sentimentos interiores, e as coisas acontecem, e isso faz com que você diga: "Deus é bom, pois, mesmo assim, cheio das concessões, Ele ainda me abençoa!"

Ora, neste dia, o antes singelo e alegre jovem crente entra no Templo dos Lobos vestidos de Ovelhas, e, sem propaganda, adere à maçonaria das ações secretas praticadas pelos membros do clube do sucesso ministerial."

Clique para ler mais

25 agosto 2008

Na Veia


O engraçado é que Engenheiros do Hawaii sempre teve essa conotação "religiosa" pra mim... de certa forma, encontrava ali algumas verdades que não podia encontrar em outros lugares. Com o tempo acabei sendo chamado de doido, afinal, como Deus iria falar através de uma banda de rock?

E o pior é que fala! Pelo menos para quem tem ouvidos para ouvir.
Deus também fala através dos pássaros, cachorrinhos, crianças e até gente da igreja.
Assim, quem tem ouvidos... ouve.

Na viagem este final de semana eu ouvia mais uma vez os álbuns e me deparei com a música a seguir. Caramba, novamente, lá está Deus falando comigo através do Humberto Gessinger (agora os espirituais estão tendo um ataque).

Pois bem, ei-la:

Se você perguntar por mim
vão dizer que eu ando muito estranho
vão dizer que eu ando por aí
quando você perguntar por mim

se você perguntar por mim
vão dizer as coisas mais estranhas
nenhuma resposta vai satisfazer
quando você perguntar por mim
! vem !
ver com os próprios olhos
! vem !
ver a vida como ela é

se você está mesmo a fim
de saber por onde eu ando
de saber por quê eu ando assim
é melhor nem perguntar por mim
! vem !
ver com os próprios olhos
! vem !
ver a vida como ela é

sem filtro, na veia
sem filtro, na veia
! vem !
ver com os próprios olhos
! vem !
ver a vida como ela é




O Clipe tá aí abaixo:



Deus abençoe o Gessinger!!!

22 agosto 2008

O que as crianças pensam sobre casamento?

"Precisa procurar alguém que gosta das mesmas coisas que você. Se você gosta de futebol, ela também deve gostar quando você assiste futebol e assim ela te traz batata frita e cerveja."
Alfredo, 10 anos (que tem razão...)

"Ninguém decide sozinho com quem casar. Deus decide por você, muito tempo antes, e você tem que entender."
Cristina, 10 anos (também deve ter razão...)

QUAL É A MELHOR IDADE PARA CASAR?
"A melhor idade é os 23, porque assim você conhece o teu marido pelo menos há 10 anos."
Camila, 10 anos

"Não existe a melhor idade para casar. Tem de ser muito estúpido pra querer casar."
Fernando, 6 anos (com certeza já teve más experiências...)


QUE TÊM OS TEUS PAIS EM COMUM?
"Que não querem ter mais filhos."
Ana, 8 anos (ahahah)


O QUE FAZEM AS PESSOAS NUM ENCONTRO?
"Os encontros são para se divertir e as pessoas devem aproveitar para se conhecer melhor. Até os meninos têm coisas interessantes para dizer se prestamos bastante atenção."
Luísa, 8 anos (Onde foi buscar esta? Da mãe, com certeza!)

"No primeiro encontro, contam-se mentiras interessantes para conseguir um segundo encontro."
Martim, 10 anos. (sem comentários)


O QUE VOCÊ FARIA SE O PRIMEIRO ENCONTRO NÃO DESSE CERTO?
"Iria para casa e faria como se estivesse morto. Então telefonaria para os jornais e mandaria publicar que morri."
Carlos, 9 anos (eu também faria isso)


QUANDO SE PODE DAR O PRIMEIRO BEIJO?
"Quando o homem é rico."
Pamela, 7 anos (loira?)

"Quando você beija uma mulher, tem que casar e ter filhos com ela. É assim a vida."
Henrique, 8 anos (lamentavelmente é assim, Henrique)


É MELHOR SER CASADO OU SOLTEIRO?
"Para as meninas é melhor ficar solteiras. Mas os meninos precisam de alguém que limpe..."
Anita, 9 anos (uma das melhores frases!)


O CAMPEÃO!!!


O QUE TEMOS DE FAZER PARA QUE O CASAMENTO TENHA SUCESSO?
"Temos que dizer à mulher que ela é linda, mesmo que pareça um caminhão."
Ricardo, 10 anos (O número 1, indiscutível)

20 agosto 2008

Teo-logia

Bom, alguns sabem que eu deixei o seminário. Tava no meio... mas eu já não podia mais suportar. Algumas coisas passam a gritar dentro da gente e então, os ouvidos já não ouvem e os olhos não vêem... só fica aquele desejo de gritar que há algo... e é maior do que se imagina... aliás, nem olhos viram, nem ouvidos ouviram... e por aí vai.

Hoje li um parágrafo que me falou pra caramba... divido com você:

******************
1. Teologia:

Teo-logia pretende ser um “estudo lógico sobre 'Theos', sobre Deus”. O que é, em si, uma contradição de termos. Se há uma lógica divina não há mais espaço para a afirmação cristã de que o homem vive, naturalmente, uma total incapacidade de “discernir a Deus”. Pode-se conhecer a “tese revelada na Palavra de Deus”, mas a tentativa de estabelecer uma lógica-sistemática para o Logos, é infantilidade, tanto “teo-lógica” quanto “filosófica” e, muito mais ainda, “psico-lógica”.

Nossas hermenêuticas são, em geral, o fruto mais duradouro das perspectivas epistemológicas dos gregos, e, nesse caso, Aristóteles, deveria ser o para-ninfo de nossos estudos “teológicos”, especialmente, de suas “sistematizações”—quase todas heranças da Teologia da Terra que, entre os gregos, tomou a alcunha de “filosofia”.

Ora, uma “teologia” já é em si uma construção presunçosamente pagã. Na Bíblia não há “teologia”. Nela só existe “revelação”, e sua sistematização nunca foi e nem será verdade-verdade; pois, é, também, uma construção humana sobre o “revelado”. E mais que isto: chama Deus para caber na arquitetura dessa Catedral de Pensamentos Humanos que se erigiu para Ele “habitar”. Fica bem para Zeus, nunca para Deus!

********

O texto é grande, mas vale a pena... clica aqui

A igreja local

Eita Thiago!!! Já vi que vou ter que comprar esse livro!!!

Segue aí o posto catado lá no Tomei a pílula vermelha... haja pílula!!!

***************
Não há nada inerentemente errado com o envolvimento em uma *igreja local. Compreenda, entretanto, que fazer parte de um grupo que se chama de "igreja" não torna você salvo, santo, justo ou piedoso, mais do que um estádio torna você um jogador profissional de beisebol. Participar de atividades da igreja não aproxima você necessariamente de Deus ou prepara você para uma vida que satisfaz a Ele ou realça a sua existência. Ser membro de uma congregação não torna você espiritualmente justo, mais do que ser membro do Partido Democrático faz de você parte da ala liberal.

O que importa é ter um relacionamento autêntico com Deus e seu povo. A Escritura ensina que dedicar sua vida a amar a Deus de todo coração, mente, força e alma é o que dá honra a Ele. Fazer parte de uma igreja local pode facilitar isso. Ou talvez não.

Muitos irão lamentavelmente rotular este conceito como "blasfêmia". Todavia, você deve compreender que a Bíblia não descreve nem promove a igreja local como a descrevemos hoje. Há muitos séculos os líderes religiosos criaram a forma predominante de "igreja" tão difundida em nossa sociedade para ajudar as pessoas a serem seguidoras melhores de Cristo. Mas, a igreja local que muitos passaram a apreciar - os serviços, cargos, programas, prédios, cerimônias - não é bíblica nem não-bíblica. Ela é abíblica - isto é, tal organização não é mencionada na Bíblia.

De fato, se você pesquisar as passagens bíblicas incluídas no começo do capítulo três, não encontrará alusões ou descrições de um tipo específico de organização religiosa ou forma espiritual. A Bíblia não define rigidamente as práticas, rituais ou estruturas corporativas que devem ser usadas para termos uma igreja. Ela oferece, porém, instruções relativas à importância e à integração de disciplinas espirituais básicas na vida do indivíduo. Algumas vezes esquecemos que as formas correntes de prática religiosa e de comunidade foram desenvolvidas centenas de anos atrás, muito depois da Bíblia ter sido escrita, numa tentativa de ajudar os crentes a terem vidas cristãs mais satisfatórias. Devemos ter em mente que aquilo que chamamos de "igreja" é apenas uma interpretação de como desenvolvemos e vivemos uma vida centrada na fé. Nós a construímos. Ela pode ser sadia ou útil, mas não é sacrossanta.

A Revolução não cuida de eliminar, ignorar, ou depreciar a igreja local. Ela trata de construir relacionamentos, compromissos, processos e ferramentas que nos capacitem a ser pessoas que adoram a Deus como fomos feitos para ser desde a criação. Os revolucionários, algumas vezes com relutância, compreendem que o ponto crítico não é o fato do indivíduo estar envolvido em uma igreja local; mas, sim, se ele está ligado a um corpo de crentes que busca a piedade e a adoração. A Revolução, portanto, envolve o remanescente de cristãos dedicados à prática das mesmas sete **paixões que definiram a primeira Igreja, a fim de serem agentes da transformação neste mundo.

Veja bem, não se trata da igreja. Trata-se da Igreja - isto é, pessoas que participam ativamente do avanço deliberado do Reino de Deus em parceria com o Espírito Santo e outros crentes.

George Barna em Revolução.

* [...] quero advertir que em todo o livro uso as palavras igreja (i minúsculo) e Igreja (I maiúsculo) de maneiras muito diferentes. A distinção é crítica. O i minúsculo se refere à experiência de fé baseada na congregação, que envolve uma estrutura formal, uma hierarquia de liderança e um grupo específico de crentes. O termo Igreja, por outro lado, refere-se a todos os crentes em Jesus Cristo, abrangendo a população de indivíduos a caminho do céu e unidos pela sua fé em Cristo, sem levar em conta as ligações ou envolvimentos da igreja local. Alguns chamam isso de Igreja universal, em oposição à igreja local. Como vê, a Revolução está destinada a fazer avançar a Igreja e redefinir a igreja. (Revolução, pág. 12 - Apresentação.)

** 1.Adoração íntima, 2.Conversas apoiadas na Fé, 3.Crescimento espiritual deliberado, 4.Serviço, 5.Investimento de recursos, 6.Amizades espirituais e 7.A família da Fé. (Revolução, págs.36,37,38 - As sete paixões dos revolucionários.)


***************

ah, e eu prometo que já já sai o texto sobre o "mundo idolátrico"... vou divagar mais um pouco e mando ver!

Valeu Thiagão!!!

Max Gehringer na CBN

Comentário de Max Gheringer Rádio CBN. Falando sobre o mercado de trabalho.

'Existem muitos gurus que sabem dar respostas criativas às grandes questões sobre o mercado de trabalho. Aqui vai um pequeno resumo da entrevista com o famoso Reynold Remhn:

Pergunto: Ainda é possível ser feliz num mundo tão competitivo?
Resposta: Quanto mais conhecimento conseguimos acumular, mais entendemos que ainda falta muito para aprendermos. É por isso que sofremos. Trabalhar em excesso é como perseguir o vento. A felicidade só existe para quem souber aproveitar agora os frutos do seu trabalho.

Segunda pergunta: O profissional do futuro será um individualista?
Resposta: Pelo contrário. O azar será de quem ficar sozinho, porque se cair, não terá ninguém para ajudá lo a levantar-se.

Terceira pergunta: Que conselho o Sr dá aos jovens que estão entrando no mercado de trabalho?
Resposta: É melhor ser criticado pelos sábios do que ser elogiado pelos insensatos. Elogios vazios são como gravetos atirados em uma fogueira.

Quarta pergunta: E para os funcionários que tem Chefes centralizadores e perversos?
Reposta: Muitas vezes os justos são tratados pela cartilha dos injustos, mas isso passa. Por mais poderoso que alguém pareça ser, essa pessoa ainda será incapaz de dominar a própria respiração.

Última pergunta: O que é exatamente sucesso?
Resposta: É o sono gostoso. Se a fartura do rico não o deixa dormir,ele estará acumulando, ao mesmo tempo, sua riqueza e sua desgraça.

Belas e sábias respostas.

Eu só queria me desculpar pelo fato de que não existe nenhum Reynold Remhn.

Eu o inventei. Todas as respostas, embora extremamente atuais foram retiradas de um livro escrito há 2.300 anos: o ECLESIASTES.

Mas, se eu digo isso logo no começo, muita gente, talvez, nem tivesse interesse em continuar lendo, pois se trata de um livro da Bíblia.

Max Gheringer para a CBN'.

19 agosto 2008

Imbecilidades apostólicas II (A missão)

Bom, já dei o grito há alguns dias... inclusive com uma repercussão bem das boas! Mas deixa pra lá. Agora não vou mais ficar sabendo, já que me tiraram da lista dos emails e agora não vou mais ficar sabendo de nada!

Minhas sextas agradecem.

Mas acabo de achar no blog do V.Carlos a prova cabal das coisas que penso. Hoje é um copinho d´água, depois uma fitinha (Senhor do Bonfim?), depois um atozinho profético, depois uma fogueirinha... tudo coisa simbólica.

Pois bem, são exatamente essas simbologias que nos levam ao mundo idolátrico (outra hora eu falo disso) e aí mermão... só Jesus mesmo.

Olhe o vídeo abaixo....




Viu??? Depois eu que sou radical né!

14 agosto 2008

Mea Culpa

A todos que me lêem, faço aqui um pedido de desculpas em um texto onde me excedi. E é exatamente no excesso onde peco e aí está o Evangelho, em saber dominar-se a si mesmo.

Quando publiquei o texto Imbecilidades Apostólicas eu usei o seguinte parágrafo:

"Caramba, tudo isso me parece como uma espécie de delírio coletivo regado a imbecilidades e preconceito! Acho ridículo que ainda ajam como se Jesus não fosse Rei, como se a Jesus precisasse de marchinhas ridículas ou movimentos proféticos fétidos!"

As palavras imbecilidades, preconceito, delírio, ridículas, fétidos.... são todas palavras fruto de minha raiva no momento de escrever. Assim, por favor, me perdoem nestes excessos.

Continuo pensando exatamente igual, mas nada me serve de prerrogativa de ofender o Remai e em especial o André, líder do Remai. Afinal, também não concordo com o Edir, mas também não posso me lançar adjetivos deste tom.

Quem me lê pode achar que sou contra os proféticos, na verdade eu reconheço seu valor... e tanto o fiz em meu texto "Atos proféticos ou vida profética?". Quem interessar é só clicar aí no link.

Vou continuar escrevendo o que penso. Mas não preciso ofender ninguém.

Novamente, me perdoem!

12 agosto 2008

E aí, vamos???

Acampamento Dias Melhores

Carta a mim mesma

Minha amada esposa escreveu uma carta a si mesma. Temos vivido tempos difíceis de tentar redescobrir quem somos enquanto pessoas, porque a massa religiosa esmaga o indivíduo. Abaixo as linhas que estão mudando as nossas vidas:

*****************

Cansada da cartilha

É estranho mas acho que a música do Legião nunca fez tanto sentido na minha vida: “Acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto, nesses dias tão estranhos fica a poeira se escondendo pelos cantos, esse é o nosso mundo...”

Ontem percebi que minha vida fugiu de mim. Ontem pensei com mais força do que um dia eu pude sonhar em fazer, e o pior é que eu percebi que não sou mais senhora de mim. Hoje sigo uma cartilha de regras desnecessárias, feita por pessoas que não pensaram em mim no processo de criação. Me sinto parte de um jogo de fantoches onde as mãos não se preocupam se o fantoche está novo ou velho, se ele está bem ou mal, na verdade só se importam dele estar lá, a forma como isso acontece não importa...

Cansei da hipocrisia do “nossa, você sumiu...”, dos jogos de palavras que dizem que quem não aparece na igreja simplesmente não existe mais no mundo de quem a freqüenta. Cansei das perguntas de “Tudo bem?” sem querer ouvir a resposta... cansei de ser quem eu nunca fui e tentar ser quem achei sinceramente que era melhor eu ser.

Infelizmente descobri que grande parte das mudanças que esse ambiente fez na minha vida não foram boas. Aprendi, amadureci e conheci mais de Deus sim, mas tenho descoberto que, além disso, foram colocadas em mim coisas que Deus nunca quis que viessem no pacote.

Ainda não sei ao certo o que fazer para mudar isso tudo. Não sei sequer se consigo voltar a ser a pessoa agradável, com assuntos variados, com amigos que ligavam, nem que fosse para dizer que brigaram com o pai, para contar que o carinha que ela estava a fim ligou, ou nem mesmo precisava ligar, porque eu estava lá... Eu quero voltar a fazer parte da minha vida, voltar a tomar as decisões, mas principalmente, eu quero voltar a ter a minha vida.

E não venha com espiritualidade morta pro meu lado dizendo que “Deus tem que conduzir sua vida” porque eu sei disso e sei também que é Ele que o deve fazer e não os donos da igreja.

Cansei de esperar por dias melhores, no que depender de mim eu vou começar a compor os dias melhores da minha vida. E se você acha que isso não é de Deus, me perdoe, mas é problema seu com Ele. O meu problema Ele já me mostrou como eu devo resolver.

Tomei a decisão de redescobrir quem eu sou, às vezes criar um novo eu (porque sinceramente não sei se consigo mais voltar ao que eu era) sei que não vou mais ser parte da poeira que fica se escondendo pelos cantos, esse não é mais o meu mundo...

Mônica Antonialli


***************************

Para quem não conhece a música:



Amor, amo você.

08 agosto 2008

Imbecilidades apostólicas

Putz... sexta feira... terminando a semana... final de semana já batendo à porta... aquela expectativa de quantos minutos a picanha vai ficar pronta... a imaginação sobre quais assuntos vão rolar com seus amigos... e então???

Então recebo um email... Não vou postar tudo não... que é pra proteger o teu estômago... mas olha só:


Agosto é o mês em que estaremos realizando 12 horas na Igreja Metodista Central, que está situada no Bairro “Aparecida”. Marcamos no dia 16 de agosto as 12 horas, sendo que no dia 15 é comemorado o feriado da Sra. da Abadia. Não foi nada planejado, pelo menos não por mim que as doze horas se encaixasse nesse dia, e nesse bairro. Não sei o que você entende sobre os "santos", e se eu estiver errado, por favor me corrija, mas a meu entendimento, Aparecida, Abadia, Yemanja e outros nomes que se dão à Maria, são todos derivados de uma mesma coisa. Voltando Há alguns anos atrás, especificamente em 2003, logo que o Senhor começou a colocar esse propósito de Adoração e Intercessão aqui em nossa cidade. Foi quando minha esposa teve um sonho, de que ele tentava quebrar uma estatua pequena da Aparecida (preta) mas não conseguia, pois algo no ar a impedia, e essa Estatua parecia estar viva, e dois olhos vermelhos se acendiam e minha esposa então acordava do sonho. Alguns dias depois desse primeiro sonho, ela também teve outro em que ela estava no mesmo barco que o Mike Shea e no meio estava um demônio com jeitos de homossexual que zombava o tempo todo: ‘ vamos derrubar yemanjá... vamos destronar yemanjá’. É como se o inimigo estivesse confrontando com muito desdém e desprezo, e como se aquilo que ele falava fosse algo impossível de se acontecer.


Tem mais no site do Remai

***************

É por essas e outras que minha esperança mingua todos os dias... sinceramente, não consigo mais ser conivente com tais coisas! Páta que paréu! Será mesmo que Jesus quer isso?

Caramba, tudo isso me parece como uma espécie de delírio coletivo regado a imbecilidades e preconceito! Acho ridículo que ainda ajam como se Jesus não fosse Rei, como se a Jesus precisasse de marchinhas ridículas ou movimentos proféticos fétidos!

E o pior, em prol de suas idiotices cometem julgamento e levantam estas barbaridades contra a religião de outros! De coração, tomara que encontrem algum católico inflado e de preferência advogado e exija no mínimo uma indenização!

Caraca viu...

Pouco importa Maria, ou José, ou o Edir ou qualquer outra coisa. Católicos e Evangélicos... São só nomes, porque só Deus conhece quem entra e quem fica de fora no céu. E do jeito que as coisas vão... cara, a crentaiada vai ficar se perguntando: "Será que eu não era predestinado?", aí mermão... só abraçando o capeta mesmo!

Fui...

Ainda bem que não foi na segunda-feira né...

Ah, e peço a qualquer um que me lê: Não faça parte desses movimentos evangélicos que não tem nada de Evangelho! Não adianta ser sal quando todo o resto do saleiro já perdeu o gosto.

06 agosto 2008

Acampamento Dias Melhores


E aí... que tal acampar com a gente nos dias 26, 27 e 28 de Setembro???????

Quer mais informações??? Entre nesse endereço aqui: http://acampamentodiasmelhores.blogspot.com/

Em breve, mais informações!

Confissões de um ex-dependente de igreja

Valha-me meu São Brabíssimo!!!

Eis um texto de entranhas do Paulo Brabo, "dono" da Bacia das Almas.

Brabo! Brabísssimo!!!

******

Outro dia um pastor observou que eu deveria confessar ao leitor impenitente da Bacia, que não tem como concluir isso lendo apenas o que escrevo, que não vou à igreja faz mais de dez anos. Ele dava a entender que essa confissão provocaria uma queda sensível na minha popularidade; percebi imediatamente que ele estava certo, e que mais cedo ou mais tarde teria, para podar os galhos da celebridade (porque a fama é uma espécie de compreensão), deixar de contornar indefinidamente o assunto.

Quanto mais penso na questão, no entanto, mais chego à conclusão que o que tenho de confessar é o contrário, e ao resto do mundo, não aos amigos que convivem com desenvoltura entre termos como gazofilácio, genuflexão, glossolalia e graça irresistível. Devo explicações à gente comum que vê o domingo, incrivelmente, como dia de descanso – dia de ir à praia, de andar de bicicleta no parque, de abraçar os amigos ao redor de um churrasco, de correr atrás de uma bola ou de encontrar a paz diante de uma lata de cerveja e uma tela radiante.

Preciso confessar que durante trinta anos fui consumidor de igreja. Durante trinta anos fui dependente de igreja e trafiquei na sua produção.

Devo confessar o mais grave, que durante esses anos abracei a crença (em nenhum momento abalizada pela Escritura ou pelo bom senso) que identificava a qualidade da minha fé com minha participação nas atividades – ao mesmo tempo inofensivas, bem-intencionadas e auto-centradas – de determinada agremiação. Em retrospecto continuo crendo em mais ou menos tudo que cria naquela época, porém essa crença confortante e peculiar (espiritualidade = participação na igreja institucional) fui obrigado contra a vontade, contra minha inclinação e contra a força do hábito, a abandonar.

Preciso deixar claro que não guardo daqueles anos qualquer rancor; de fato não trago deles nenhuma recordação que não esteja envolta em mantos de nostalgia e carinho. Ao contrário de alguns, não sinto de forma alguma ter sido abusado pela igreja institucional; sinto, ao invés disso, como se tivesse sido eu a abusar dela. Minha impressão clara não é ter sido prejudicado pela igreja, mas de tê-la usado de forma contínua e consistente para satisfazer meus próprios apetites – apetites por segurança, atenção, glória, entretenimento, aceitação.

Se hoje encaro aqueles dias como uma forma de dependência é porque acabei aceitando o fato de que a igreja como é experimentada – o conjunto de coisas, lugares, atividades e expectativas para as quais reservamos o nome genérico de igreja – representam um sistema de consumo como qualquer outro. As pessoas consomem igreja não apenas da forma que um dependente consome cocaína, mas da forma que adolescentes consomem telefones celulares e celebridades consomem atenção – isto é, com candura, com avidez, mas muitas vezes para o seu próprio prejuízo.

Todo sistema de consumo confere alguma legitimação, isto é fornece ao consumidor pequenas seguranças e pequenas premiações que fazem com que ele se sinta bem, sinta-se uma pessoa melhor (ou em condições privilegiadas) por estar desfrutando de um produto ou serviço de que – e isto é importante na lógica da interna coisa – não são todos que desfrutam.

As igrejas institucionais, por mais bem-intencionadas que sejam (e, creia-me, há muito mais gente bem-intencionada envolvida na criação e na sustentação delas do que seria de se supor) funcionam precisamente dessa maneira. Não é a toa que tanto a palavra quanto o conceito propaganda nasceram, historicamente falando, nos salões eclesiásticos. Se hoje há shopping centers e roupas de marca é porque a igreja inventou o conceito de propaganda e de consumo de massa. Foi a igreja a primeira a vender a idéia de que vestir determinada camisa e ser visto em determinada companhia demonstram eficazmente o seu valor como pessoa; foi a primeira a promover a noção simples (mas cujo tremendo poder as corporações acabaram descobrindo) de que o que você consome mostra que tipo de pessoa você é.

As pessoas que consomem igreja não têm em geral qualquer consciência de que estão se dobrando a um sistema de consumo, mas as evidências estão ali para quem quiser ver. A igreja não é um lugar a que se vai ou um grupo de pessoas que se abraça, mas uma marca que se veste, um produto que se consome continuamente. Tudo de bom que costumamos dizer sobre a igreja reflete, secretamente, essa nossa obsessão com o consumo – “o louvor foi uma benção”, “o sermão foi profundo”, “o coro cantou com perfeição”, “a palavra atingiu os corações”, “Deus falou comigo”. Em outra palavras, tudo que temos a dizer sobre a experiência da igreja são slogans. Na qualidade de consumidores, o que fazemos é retroalimentar nossa dependência, promovendo continuamente nosso produto na esperança de angariar mais consumidores e portanto mais legitimação.

O curioso, o verdadeiramente paradoxal, é que nada nesse sistema circular de consumo (ou em qualquer outro) tem qualquer relação com espiritualidade, com fé ou com a herança de Jesus. Ao contrário, sabemos ao certo que Jesus e os apóstolos bateram-se até a morte no esforço de demolir a tendência muito humana de encarcerar (isto é, satisfazer) os anseios emocionais e espirituais das pessoas em sistemas de consumo e legitimação (isto é, sistemas de controle).

O russo Leo Tolstoi acreditava que, diante da suprema singeleza do ensino de Jesus, levantar (e em seu nome!) uma máquina implacável e arbitrária como a igreja equivalia a restaurar o inferno depois que Jesus tornou o inferno obsoleto. De minha parte, vejo a igreja institucional como um refúgio construído por mãos humanas para nos proteger das terríveis liberdades e responsalidades dadas por Deus a cada mortal e que Jesus desempenhou de modo tão espetacular. Por outro lado, talvez esse refúgio seja ele mesmo o inferno.

No fim das contas você não encontrará na igreja nada que não seja inteiramente atraente e desejável, e aqui está grande parte do problema. Vá a um templo evangélico no domingo de manhã e o que vai encontrar é gente amável, respeitável, ordeira, de banho tomado, sorridente, perfumada e usando suas melhores roupas – e é preciso reconhecer que há um público para esse tipo irresistível de companhia. O bom-mocismo reinante é tamanho, na verdade, que não resta praticamente coisa alguma do escândalo inicial do evangelho. Enquanto descansamos nesse abraço comum a verdadeira igreja, onde estiver (e talvez exista apenas no futuro), estará por certo mais próxima do dono do bar, da vendedora de jogo do bicho, do travesti exausto da esquina, do divorciado com seu laptop, dos velhinhos que babam em desamparo e das crianças que alguém deixou para trás. Certamente não usará gravata e não terá orçamento anual nem endereço fixo.

Portanto nada tenho contra aquilo que a igreja diz, que é em muitos sentidos bom e justo, mas não tenho como continuar endossando aquilo que a igreja dá a entender – sua mensagem subliminar, por assim dizer, mas que fala muitas vezes mais alto do que qualquer outra voz. Com o discurso eclesiástico oficial eu poderia conviver indefinidamente (como de fato já fiz), mas seu meio é na verdade sua mensagem, e frequentar uma igreja é dar a entender:

1. Que aquela facção da igreja é de algum modo mais notável, e portanto mais legítima, do que todas as outras;
2. Que o modo genuíno de se exercer o cristianismo é estar presente nas reuniões regulares e demais atividades de determinada agremiação, ou seja, que a devoção é uma espécie de prêmio de assiduidade;
3. Que o conteúdo da crença é mais importante do que o desafio da fé;
4. Que o caminho do afastamento do mundo, segundo o exemplo de João Batista, é mais digno de imitação do que o caminho do envolvimento com o mundo, segundo a vida de Jesus;
5. Que o modo de vida baseado na busca circular pela legitimação é mais respeitável do que o das pessoas que conseguem viver sem recorrer a esses refrigérios;
6. Que o modo adequado de honrar a herança de Jesus é dançar em celebração ao redor do seu nome, ignorando em grande parte o que ele fez e diz.

Está confirmada, portanto, a ambivalência da minha posição em relação à igreja institucional. Por um lado, sinto falta dos seus confortos; por esse mesmo lado, respeito a inegável riqueza de sua herança cultural, que não gostaria de ver de modo algum apagada. Por outro lado, ressinto-me de que o nome singular de Jesus permaneça associado a um monstro burocrático no que tem de mais inofensivo e opressor no que tem de mais perverso, quando sua vida foi a de um matador de dragões dessa precisa natureza. Dito de outra forma, não tenho como condenar a permanência de alguma manifestação da igreja, mas não tenho como justificá-lo se você faz parte de uma.

Em janeiro de 1996 Walter Isaacson perguntou a Bill Gates a sua posição sobre espiritualidade e religião. Sua resposta entrará para os anais da infâmia – e não a dele. “Só em termos de alocação de recursos, a religião já não é coisa muito eficiente. Há muita coisa que eu poderia estar fazendo domingo de manhã”. Em resumo, o que dois mil anos de cristianismo institucional ensinaram ao homem mais antenado da terra foi que religião é o que os cristãos fazem no domingo de manhã.

Só não ouse criticar o cara por sua visão rasa de espiritualidade. Fomos nós que demos essa impressão a ele, e só a nós cabe encontrar maneiras de provar que ele está errado.

Invente uma.



Eu tô quase lá... eu chego... ah se eu chego lá!!!!

01 agosto 2008

Perguntar não ofende II

Na verdade... esse era o primeiro... mas como blog se lê do mais recente para o mais antigo... eu não tinha visto!!! hehehehehe

Toma mais aí:

Estive pensando em algumas coisas ao longo dos últimos anos e, de tão intrigado que fico com algumas delas, decidi colocar minhas indagações na forma de perguntas. Algumas das perguntas ouvi de outros, como a 4, a 5 e a 6, que aprendi com Juan Carlos Ortiz (do livro "O discípulo"), mas a maioria veio de experiência própria. Resolvi utilizar o mesmo estilo de argumentação de Philip Yancey, no seu livro "I was just wondering" ("Perguntas que precisam de respostas", editora Textus). Afinal, como diz o ditado, "perguntar não ofende"...

Eu só queria saber:

1. Por que palavras como "paixão", "fogo", "glória", "poder" e "unção" vendem muito mais CDs do que "graça", "misericórdia" e "perdão"?

2. Por que aqueles que mais falam sobre "prosperidade" evitam sistematicamente textos como Tiago 2:5, I Timóteo 6:8 e Habacuque 3:17-18?

3. Por que se fala tanto em dízimo, defendendo-o com unhas e dentes, mas quase nada se fala sobre ter tudo em comum e outras coisas como "ajudar os domésticos na fé" e "não amar somente de palavra e de língua mas de fato e de verdade"? Em qual proporção a Bíblia fala de uma coisa e de outra?

4. Por que em Atos 4, quando os apóstolos foram presos, a igreja orou de forma tão diferente do que se ora hoje? Por que não aproveitaram a ocasião pra "amarrar o espírito de perseguição", pra "repreender a potestade de Roma", ou coisa semelhante?

5. Por que Atos 2:4 é muito mais citado como modelo do que era a igreja primitiva do que Atos 2:42?

6. Por que todo mundo sabe João 3:16 de cor, mas tão pouca gente sabe I João 3:16?

7. Por que 90% ou mais dos cânticos congregacionais modernos são na primeira pessoa do singular, quando a proporção nos salmos é muito menor?

8. Por que todo mundo aceita que Jesus curou e colheu espigas no sábado, aceita também que Deus ordenou que seu povo matasse vários povos rivais, mas se escandaliza absurdamente quando alguém diz que Raabe fez certo ao mentir para preservar duas vidas? O que vale mais, em situação de conflito, que um soldado pagão saiba a verdade ou a vida de dois homens? Será que se Raabe tivesse dito a verdade, teria sido elogiada em Hebreus 11?

9. Por que quase tudo que se vende numa livraria cristã foi produzido nos últimos 50 anos, se nosso legado é de 2.000 anos de História do Cristianismo? O que aconteceu com os outros 19 séculos e meio?

10. Por que tanta gente que acredita que a salvação é pela graça, ou seja, não é obtida sendo "bonzinho", paradoxalmente acredita que ela pode ser perdida sendo mau? Pode algo ganho sem mérito ser perdido por demérito?

11. Por que a Igreja é muito mais rigorosa com pecados sexuais como o homossexualismo do que com a gula ou a ganância? Aliás, por que em tantas igrejas a ganância nem é vista como pecado, mas como virtude, disfarçada com o nome de "prosperidade"?

12. Por que tantos evangélicos chamam seus líderes de "apóstolos", mas criticam os católicos por seguirem um líder chamado "papa"?

13. Por que, mesmo o Cristianismo crendo que o homem foi nomeado por Deus como o responsável pela criação, e que tudo que Deus criou é bom, são os esotéricos os que mais lutam pela defesa do meio-ambiente?

14. Por que, na maioria dos grupos de louvor no Brasil, não há espaço pra quem toca instrumentos brasileiros como o cavaquinho e o berimbau?

15. Por que todos os ritmos de origem na raça negra até hoje são considerados por alguns como diabólicos?

16. Por que alguém como Lair Ribeiro faria mais sucesso como pregador hoje do que, digamos, Francisco de Assis?

17. Por que se canta tanto sobre coisas tão etéreas como "rios de unção" e "chuvas de avivamento", ao passo que Jesus usava sempre figuras do cotidiano para ensinar, como sementes, pássaros e lírios?

18. Por que se amarra, todos os anos, tudo quanto é "espírito ruim" das cidades, fazendo marcha e tudo, mas as cidades continuam do mesmo jeito? Aliás, se os "espíritos ruins" já foram "amarrados" uma vez, por que todo ano eles precisam ser "amarrados" de novo?

19. Por que uma doutrina como o pré-tribulacionismo, que apregoa que Jesus vai tirar a igreja da reta de qualquer sofrimento ou perseguição, não faz sucesso algum na China, no Irã ou na Indonésia? Aliás, por que ela fazia tanto sucesso na China pré-comunista, e depois declinou por lá?

20. Por que se canta todos os dias "Hoje o meu milagre vai chegar"? Afinal, ele não chega nunca? Que dia está sendo chamado de "hoje"?

21. Por que Jó não cantou "restitui, eu quero de volta o que é meu", nem declarou ou amarrou nada, muito menos participou de "campanha de libertação" quando perdeu tudo?

22. Por que tanta gente acredita que a terra e o universo foram criados há 6 mil anos, interpretando Gênesis 1 literalmente, mas esses mesmos nunca dizem que o sol gira em torno da terra, interpretando literalmente Josué 10, tampouco dizem que a terra é retangular, interpretando literalmente a expressão bíblica "os quatro cantos da terra"?

23. Por que nós nunca vamos ao médico e pedimos, "doutor, dá pra queimar essa enfermidade pra mim por favor"? Por que então se ora pedindo isso pra Deus? Seria correto orar assim pra Deus curar alguém enfermo por causa de queimadura?

24. Por que não se faz um mega-evento evangélico, desses que reúnem um milhão de pessoas ou mais, pra fazer um mutirão para distribuir alimentos aos pobres ou ainda para recolher o lixo da cidade? Aliás, por que se emporcalha tanto as cidades com óleo e outras coisas nos tais "atos proféticos"? Não seria um melhor testemunho limpá-la ao invés de sujá-la?

25. Por que as rádios evangélicas tocam tanta coisa produzida por gravadoras ricas e nada produzido por artistas independentes?

26. Por que se faz apelo ao fim de uma "pregação" que não fez qualquer menção ao sangue, à cruz, ao arrependimento, ou sequer ao pecado?

27. Por que se enfatiza tanto a ordem bíblica para pregar a Palavra e se negligencia tanto as ordens para fazer justiça social e alimentar os famintos? Quantas vezes cada uma delas aparece na Bíblia?

28. Por que Deuteronômio 28:13 ("o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda") é tão citado, ao passo que I Coríntios 4:11-13 ("somos considerados como o lixo do mundo") ninguém gosta de citar?

29. Por que quem pensa diferente de nós é sempre "inflexível", "fariseu" ou "duro de coração" (quando não chamamos de coisa pior)?

Renato Fontes
Fonte: Crer é Pensar [via Práxis Cristã.]

E novamente no blog do mano Thiago!

Perguntar não ofende...

Quase três anos depois do texto “Perguntas retóricas”, que rodou a internet e fez muita gente pensar, rir, refletir, vestir carapuças e ainda pisou em muitos calos, as perguntas continuam a vir, agora mais insistentemente do que nunca.

Mais uma vez, eu só queria saber...

1. Se Jesus nos ensinou a tratar a Deus como Senhor, por que tantos o tratam como se fosse o Papai Noel, o gênio da lâmpada ou até mesmo um empregado?

2. Palavras como "decretar", "declarar" ou "determinar" devem ser ditas por Deus ou por criaturas finitas como nós?

3. Se João, na sua primeira carta, é bem claro que Deus só atende o que é pedido segundo sua vontade (I Jo 5:14), por que tanta presunção de alguns em dizer que é errado pedir a Deus que faça algo só se for da Sua vontade? Aliás, por que esses mesmos nunca equilibram Marcos 11:24 com I Jo 5:14 e acabam usando o versículo de Marcos para tratar Deus como se fosse um "gênio da lâmpada"?

4. Por que, nos púlpitos de hoje, se fala muito mais sobre vitória e sucesso do que sobre arrependimento?

5. Por que o bom samaritano não deu um folheto evangelístico nem "determinou a cura" do homem caído, mas preferiu fazer o óbvio, que era cuidar da necessidade dele? Por que Jesus, ainda por cima, nos mandou “fazer o mesmo”?

6. Por que a mulher que sofria de hemorragia e tocou em Jesus não disse, em tom de autoridade, "Senhor, eu não aceito essa doença!", mas, pelo contrário, prostrou-se tremendo diante de Jesus (Lc 8:47)?

7. Por que os líderes que pregam sobre prosperidade são tão ricos, enquanto as suas ovelhas continuam, em sua grande maioria, pobres? Será que essa prosperidade só funciona para os líderes?

8. Se todos os crentes do sertão nordestino derem o dízimo fielmente, será que Deus "abrirá as janelas dos céus" e acabará com a seca de lá, ou será que aquela promessa foi feita no contexto da Aliança com Israel apenas?

9. Se a palavra "unção" aparece apenas duas vezes no Novo Testamento e a palavra "graça" aparece 138 vezes, por que será que nas pregações que se ouve na maioria dos púlpitos, TVs e rádios evangélicas essa proporção é invertida?

10. Por que tantos evangélicos idolatram alguns líderes, colocando-os muitas vezes como verdadeiros mediadores entre eles e Deus, e ainda criticam os católicos por fazerem a mesma coisa com santos mortos?

11. Se todas as pessoas no planeta tivessem o mesmo estilo de vida excessivamente luxuoso de alguns pregadores, será que o meio ambiente suportaria?

12. Será que Paulo, que passou necessidade e até fome (Fp 4:12), seria considerado pelos pregadores de hoje como alguém que tinha uma "vida abundante"?

13. Por que aqueles que citam Mc 10:29-30 e Lc 6:38 como promessas de prosperidade material não agem com coerência então, vendendo todos os seus bens e dando aos pobres para receberem de volta? Não seria mais fácil colocar essas passagens dentro do contexto correto e admitir que elas nunca foram promessas de prosperidade material?

14. Por que, mesmo o Novo Testamento sendo tão claro sobre Deus não habitar mais em templos feitos por mãos humanas, tantos crentes insistem em chamar o edifício onde congregam de "templo", ou, o que é pior, "casa do Senhor"?

15. Por que tantos evangélicos citam (fora de contexto, claro) que não se deve "tocar nos ungidos", como se esses fossem acima da crítica e infalíveis, e ainda por cima criticam os católicos por crerem na infalibilidade do papa? Aliás, onde está escrito no NT que ungidos são apenas os líderes, se I João 2 diz que somos todos ungidos?

16. Por que o conselho de Irineu de Lyon, que viveu menos de um século depois de ser escrito o Apocalipse, quanto a ser "mais seguro e menos perigoso esperar o cumprimento dessa profecia do que se entregar a elucubrações e conjecturas acerca de nomes", tem sido tão negligenciado por aqueles que ficam esmiuçando supostos sinais da vinda de Jesus?

17. Por que tanta gente gosta de interpretar tragédias como juízo de Deus e negligencia o mandamento de chorar com quem chora?

18. Por que tanta gente canta "se diante de mim não se abrir o mar, Deus vai me fazer andar por sobre as águas", se o mar só se abriu uma única vez e Pedro só andou sobre as águas também uma vez, e teve que se molhar todas as outras vezes? Aliás, não é presunção demais dizer o que Deus vai ou não vai fazer?

19. Será que essas pessoas que cantam “hoje o meu milagre vai chegar” nunca leram Tiago 4:13-15?

20. Por que tanta gente insiste em dizer que não podemos ficar doentes porque Cristo já levou nossas dores, se nós ainda morremos? Afinal, essas dores que Ele levou sobre Si não inclui a morte também? Não seria mais prudente e mais bíblico admitir que os benefícios de Isaías 53:4 só serão usufruídos plenamente na Nova Jerusalém, na eternidade?

21. Por que essas mesmas pessoas que dizem que os cristãos não podem ficar doentes e que podem curar tudo nunca curaram uma vítima de amputação?

22. Por que tanta gente age como se Deus não tivesse controle sobre tudo e estivesse constantemente sob ameaça do diabo, se a Bíblia diz que Deus usa até o mal para cumprir seus propósitos (Isaías 45:7 e I Reis 22:22-23)?

23. Por que nós somos tão brasileiros na hora de ver um jogo da Seleção mas nos esquecemos completamente disso durante os cultos? Será que, quando a Bíblia se refere a "toda tribo, língua, povo e nação", o Brasil não estaria incluído?

24. Por que o samba e a bossa-nova são tão demonizados por sua associação com a vida boêmia, se Paulo disse que, para os puros, todas as coisas são puras, e que nada é errado em si mesmo exceto para aquele que assim o considera? Por que, por outro lado, tanta gente usa essas verdades bíblicas como pretexto para confundir “culto” com “festa”?

25. Por que tantos crentes confundem "querer agradar o mundo" com "não consumir produtos com a grife gospel" (incluindo aí músicas de qualidade questionável)? Aliás, será que essa idéia de ser pecaminoso ouvir músicas sem o rótulo "gospel" não seria uma jogada de marketing das gravadoras para manter cativo o seu mercado, por meio de intimidação? E ainda, desde quando “Gospel”, que significa “Evangelho”, virou grife?

26. Por que será que as únicas faltas consideradas suficientemente sérias para um líder perder sua credibilidade são os pecados de natureza sexual?

27. Por que muitas igrejas tratam melhor os ricos e influentes, colocando-os nos melhores cargos e dando-lhes poder de decisão, mesmo sendo neófitos, se Deus escolheu os que são pobres segundo o mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino (Tg 2:5)?

28. Por que muitos gostam de dizer que Deus está levantando uma geração disso e daquilo, que está restaurando isso e aquilo, e desconhecem completamente a História, esquecendo-se do que fizeram as gerações passadas? Por que será que essas pessoas nunca dizem que Deus está levantando uma geração de mártires?

29. Se não há mais qualquer condenação para quem está em Cristo Jesus, por que tantos líderes intimidam suas igrejas ameaçando-os com toda sorte de terror, inclusive a perda da salvação, se alguém ousar questioná-los ou não pagar suas obrigações financeiras?

30. Por que tanta gente que gosta de ver pecado em tudo condena a "aparência do mal", baseando-se em uma tradução errada de I Ts 5:22, se Jesus nunca evitou esse tipo de coisa, mas, pelo contrário, andava com o pior tipo de gente da sua época e ainda foi chamado de “comilão” e “beberrão”? Por que não admitir que o versículo em questão se refere apenas ao exame das profecias, e que o termo se traduz melhor, naquele contexto, como “espécie” e não “aparência”?

31. Será que o fato de tanta gente abusar de supostos dons espirituais, principalmente línguas e curas, significa que não possa haver manifestações legítimas desses dons?

32. Se os "líderes de louvor" gostam tanto de dizer que há liberdade onde está o Espírito do Senhor, por que muitos deles quase sempre tiram a liberdade das pessoas, que são constrangidas a imitar seus gestos (levantar as mãos, repetir algo pra quem tá do lado, fechar os olhos, bater palmas etc.)?

33. Por que ainda não inventaram a "escova de dentes profética", o "garfo profético", o "lápis profético", a “faxina profética” e o "corte e costura profético", para combinar com a "dança profética" e outras coisas "proféticas", já que tudo que fazemos deve ser para a glória de Deus? Em que a dança é melhor que essas outras coisas?

Só lembrando, perguntar não ofende! Se alguém souber...

Renato Fontes
Fonte: Crer é Pensar via Bereanos chupinhado do Práxis Cristã.

Achei no blog do mano Thiago!

Mais um bom trabalho

Ontem terminou mais um curso ministrado por mim no CDL - Câmara dos Dirigentes Lojistas.

Este curso foi um novo desafio, com uma turma extremamente heterogênea e representantes de uma empresa nacional que eram intragáveis (alguns deles é claro).

Mas no frigir dos ovos, foi muito bom.

As avaliações correram muito bem e isso me garante a permanência como Instrutor lá.

É isso aí...