20 agosto 2008

Teo-logia

Bom, alguns sabem que eu deixei o seminário. Tava no meio... mas eu já não podia mais suportar. Algumas coisas passam a gritar dentro da gente e então, os ouvidos já não ouvem e os olhos não vêem... só fica aquele desejo de gritar que há algo... e é maior do que se imagina... aliás, nem olhos viram, nem ouvidos ouviram... e por aí vai.

Hoje li um parágrafo que me falou pra caramba... divido com você:

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1. Teologia:

Teo-logia pretende ser um “estudo lógico sobre 'Theos', sobre Deus”. O que é, em si, uma contradição de termos. Se há uma lógica divina não há mais espaço para a afirmação cristã de que o homem vive, naturalmente, uma total incapacidade de “discernir a Deus”. Pode-se conhecer a “tese revelada na Palavra de Deus”, mas a tentativa de estabelecer uma lógica-sistemática para o Logos, é infantilidade, tanto “teo-lógica” quanto “filosófica” e, muito mais ainda, “psico-lógica”.

Nossas hermenêuticas são, em geral, o fruto mais duradouro das perspectivas epistemológicas dos gregos, e, nesse caso, Aristóteles, deveria ser o para-ninfo de nossos estudos “teológicos”, especialmente, de suas “sistematizações”—quase todas heranças da Teologia da Terra que, entre os gregos, tomou a alcunha de “filosofia”.

Ora, uma “teologia” já é em si uma construção presunçosamente pagã. Na Bíblia não há “teologia”. Nela só existe “revelação”, e sua sistematização nunca foi e nem será verdade-verdade; pois, é, também, uma construção humana sobre o “revelado”. E mais que isto: chama Deus para caber na arquitetura dessa Catedral de Pensamentos Humanos que se erigiu para Ele “habitar”. Fica bem para Zeus, nunca para Deus!

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