“Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir
Socorro, alguma alma, mesmo que penada
Me entregue suas penas
Já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate, nem apanha
Por favor, uma emoção pequena
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Em tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Socorro, alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento, acostamento, encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada, nada” Arnaldo Antunes
Estou participando de um seminário para líderes de um instituto internacional em uma cidade no interior de São Paulo.
A música acima é a expressão dos meus sentimentos aqui.
Socorro, não sinto mais nada.
Estou rodeado de pastores e líderes... É sufocante.
Ainda bem que escolheram um auditório imenso... pois não haveria espaço pra tanto ego!
Só sei que fico triste. Muito.
Eu sou um teimoso irreparável. Por isso ainda tenho alguma esperança na igreja. Por isso acho que esta semana vai ser muito especial!!!
Sabe por quê? Vou sair daqui sem nenhuma!
27 setembro 2009
Socorro
Postado por César Chagas às 10:44 PM 4 comentários
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16 setembro 2009
Boff e Dalai Lama
Pra pensar. Achei no blog do Nazareth
Esse episódio o próprio Leonardo Boff explica:
"No intervalo de uma mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, na qual ambos (eu e o Dalai Lama) participávamos, eu, maliciosamente, mas também com interesse teológico, lhe perguntei em meu inglês capenga":
"Santidade, qual é a melhor religião?"
(Your holiness, what’s the best religion?)
Esperava que ele dissesse:
"É o budismo tibetano" ou "São as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo".
O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olhos o que me desconcertou um pouco, porque eu sabia da malícia
contida na pergunta e afirmou:
"A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus, do Infinito".
E continuou:
"É aquela que te faz melhor".
Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar:
"O que me faz melhor?"
Respondeu ele:
"Aquilo que te faz mais compassivo, aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável...Mais ético... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião..."
"E aí senti a ressonância tibetana, budista, taoísta de sua resposta. Calei, maravilhado, e até os dias de hoje estou ruminando sua resposta sábia e irrefutável..." concluiu Leonardo Boff.
Diálogo simples, profundo, parafraseando o nosso bom filósofo Nietzsche, a algumas perguntas são filosóficas e a filosofia pode ser comparado com um ruminar onde lemos, relemos, e, depois em um gesto constante... ruminamos... ruminamos... ruminamos...
Postado por César Chagas às 11:15 AM 1 comentários
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