Os militares golpistas podem até ter tentado estruturar um sistema político no começo do GOLPE, mas o que sabemos é que tudo não passava de fachada, culminando no AI-5, onde todos direitos políticos são cassados e a tortura definitivamente instaurada nos órgãos oficiais de repressão.
Hoje o país passe por grave crise institucional, cultural e educacional. Cumulativa, por certo, mas que sofreu grande revés nos anos do profundo coma em que o país se meteu (64-85). Tínhamos grande efervescência cultural, grandes propostas para a educação e um sistema político que começava a se estruturar democraticamente.
Tudo isso foi afetado em cheio e hoje sofremos duramente a ressaca de quem teve um longo pesadelo e vai demorar a se a reabilitar. Não há de se achar culpados, pois os militares foram instrumentos da mesma elite que rege as linhas da estrutura nacional desde os idos de Cabral.
O que há de se ficar claro é a “imbecilização” de nossa juventude, a real herdeira de tudo o que construímos. E politicamente falando, a falência das instituições passa pelo descaso com a nossa imensa população juvenil. Basta uma pesquisa e saberão quem são seus heróis. Em uma sociedade que se quer desenvolver politicamente, tecnologicamente, educacionalmente e culturalmente, heróis limitados e burlescos colaboram na formação de indivíduos à sua semelhança.
Hoje cedo escutei a filha do vizinho, de 8 anos, cantarolando a seguinte canção para seu irmão de 2:
“Quando ela me vê ela mexe
Piri Piri Piri Piriguete
Rebola devagar, depois desce
Piri Piri Piri Piriguete”
O que dizer da imaginação infantil frente a esses versos?
Gilberto se formou comigo e hoje é professor e redator publicitário em Rio Branco, no Acre! Carinhosamente também lembrado como Gibakid!
Abração cara!
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