31 março 2008

Sem Reservas


Assisti nesse final de semana o Sem Reservas. Bom, é tipo um filminho entende? Não há muito que esperar.

A trama mais antiga do mundo... apaixonite, briga e reconciliação e no final, a velha e boa superação americana!

Bom, a sinopse é esta:

"Kate Armstrong (Catherine Zeta-Jones) é a chef de um sofisticado restaurante de Manhattan. Ela leva seu trabalho com muita seriedade, o que faz com que as pessoas ao seu redor se intimidem com seu jeito. Sua natureza perfeccionista é colocada à prova quando é contratado Nick (Aaron Eckhart), um animado subchef que tenta alegrar a todos na cozinha e gosta de ouvir ópera enquanto trabalha. Ao mesmo tempo Kate precisa lidar com a súbita chegada de Zoe (Abigail Breslin), sua sobrinha de 9 anos, que se sente deslocada na rotina da tia."

Curiosidades:

- Catherine Zeta-Jones trabalhou durante um dia no restaurante Fiamma Osteria, de Nova York, como forma de se preparar para o papel. Quando os clientes mencionavam o quanto ela se parecia com Catherine Zeta-Jones, ela respondia que "ouvia esta comparação toda hora".

- As filmagens ocorreram entre 5 de dezembro de 2005 e 18 de novembro de 2006.

- Refilmagem de Simplesmente Martha (2001).

- O orçamento de Sem Reservas foi de US$ 28 milhões.


Se você estiver de bobeira e quiser um agüinha com açúcar, esse aí é uma boa pedida. Excelente para agradar esposas e namoradas.

Onde está o milagre?


"Acontece que a dor do mundo me alcançou na calçada de uma clínica de fisioterapia; ali se escancarou a angústia de milhões de mães e o meu coração se fechou para as antigas lógicas milagreiras.

Mesmo quando me sinto inclinado a acreditar nos pregadores de cura divina, sou lembrado que multidões de meninos e meninas morrerão de HIV/Aids em países como Congo, África do Sul, Moçambique e Angola. Quando sou tentado a ser condescendente com os Cerullos, os Benny Hinns e os R. R. Soares da vida, com as suas interpretações literais da Bíblia, lembro-me do mal estar que muitos doentes podem estar sentido naquele exato momento como consequência de uma quimioterapia.

Quando ouço promessas de milagre a granel, pergunto: - Quem vai ajudar a adolescente que não tem namorado porque nasceu com uma doença genética que lhe desfigurou?

Minha questão é: os religiosos deveriam querer lidar com um mundo real, que precisa de grandes intervenções, não de panacéias. Um ministro do evangelho não tem o direito de pregar que, “em tese”, todos serão curados e depois dar de ombros para os que não receberam a bênção dizendo que faltou fé.

O verdadeiro cristão deve buscar intervenções divinas onde o sofrimento se mostrar mais agudo. Eu me disponho a ajudar qualquer evangelista que tenha peito para dar plantão na calçada da Universidade Metodista. Vou buscá-lo e prometo interceder ao seu lado. Sinceramente desejo que os mais seqüelados voltem para casa pulando de alegria.

Sei de antemão que ninguém virá. A maioria está interessada em propagandear prodígios com o intuito de prosperar seus empreendimentos religiosos. Caso acreditassem nas interpretações que fazem da Bíblia, se ajoelhariam nos corredores das clínicas de câncer infantil, nas hemodiálises e na infectologia dos grandes hospitais.

Precisamos de outras respostas para o sofrimento humano; os pressupostos desses evangélicos, que anunciam cura com tanto estardalhaço, não abarcam a complexidade do sofrimento universal."


Trecho de meditação no site do Ricardo Gondim (clique para ler o texto inteiro)
Thanks to Pavablog

O Pai é nosso; o reino é Dele



Trecho pra lá de existencial do Caio Fábio.


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"Pois, eis que o ser se viciou em muitas coisas...e existe para o nada das coisas que não são.

Muitas coisas? Qual é o seu nome?—pergunto eu. Legião é meu nome!—responde ela desmascarada. O diabo mora nas muitas coisas. Deus habita uma só coisa. O texto de Lucas prossegue até a oração do Pai Nosso. Naquela oração está a uma só coisa. O nome dessa uma só coisa é Confiança. Se não, veja: O Pai é nosso; o reino é Dele; o único santo e santificador é Ele mesmo; o pão que comemos vem Dele; e o perdão que recebemos é proporcional à nossa capacidade de perdoar em razão de nos enxergarmos como grandes perdoados por Ele.

E se há esperança de não cair em tentação-fixação-compulsão-vício-escravidão, então, também é apenas por causa da libertação que só pode vir Dele. O resumo de tudo é: Sem confiança o ser jamais experimenta verdadeiro contentamento."

Caio

Escrito em 03/05/04

Texto completo aqui

28 março 2008

Post de Sexta Feira



A sexta feira é o dia mais estranho da semana. É repleto de expectativas! É como fim de ano, planejamos, repensamos, prometemos e por aí vai. Sexta é assim, cheia de expectativas.

A sexta também traz consigo pensamentos de muita tristeza. Você pode não ter feito o que o trabalho precisava nesta semana, pode ter prova na segunda ou queria que fosse feriado.

Mas o pior pensamento de sexta é quando não tem ninguém pra ver no sábado.

Ah sim, esse é o pior. Pensar que o final de semana será pura farra e beijos a mil... na verdade, este é um bom plano. Mas ao final o que todos procuram é encontrar aquele olhar meio atravessado que pode mudar tudo que você pensa.

Todas as sextas estão recheadas de expectativas. Inclusive aquela de encontrar o olhar certo, na hora certa, no lugar certo, ou tudo isso ao contrário, desde que no final dê certo. Algo que nos fará ser melhores ou pelo menos lutarmos pra ser.

Sexta é assim.

Ah, e tem também o fato de ser o dia internacional da cerveja. Título que eu considero mais do que merecido.

(Fui incentivado a escrever mais... então agüentaí!!!!)

Dicas de saúde


Excelente texto do Veríssimo.

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Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me
embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo,
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir
desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!

Mais aqui

O mineiro é o Baiano Linguístico




Sotaque mineiro: é ilegal, imoral ou engorda?

"...Porque, Deus, que sotaque! Mineira devia nascer com tarja preta avisando: ouvi-la faz mal à saúde. Se uma mineira, falando mansinho, me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: só isso? Assino achando que ela me faz um favor.

Eu sou suspeitíssimo. Confesso: esse sotaque me desarma. Certa vez quase propus casamento a uma menina que me ligou por engano, só pelo sotaque. (...)


Na verdade, o mineiro é o baiano lingüístico. A preguiça chegou aqui e armou rede. O mineiro não pronuncia uma palavra completa nem com uma arma apontada para a cabeça.

Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, com todo respeito, a mineira. Nada pessoal. Aqui certas regras não entram. São barradas pelas montanhas. Por exemplo: em Minas, se você quiser falar que precisa ir a um lugar, vai dizer:
– Eu preciso de ir.

Onde os mineiros arrumaram esse "de", aí no meio, é uma boa pergunta. Só não me perguntem. Mas que ele existe, existe. Asseguro que sim, com escritura lavrada em cartório.

Deixa eu repetir, porque é importante. Aqui em Minas ninguém precisa ir a lugar nenhum. Entendam... Você não precisa ir, você "precisa de ir". Você não precisa viajar, você "precisa de viajar". Se você chamar sua filha para acompanhá-la ao supermercado, ela reclamará:
– Ah, mãe, eu preciso de ir?

No supermercado, o mineiro não faz muitas compras, ele compra um tanto de coisa. O supermercado não estará lotado, ele terá um tanto de gente. Se a fila do caixa não anda, é porque está agarrando lá na frente. Entendeu? Deus, tenho que explicar tudo. Não vou ficar procurando sinônimo, que diabo. E não digo mais nada, leitor, você está agarrando meu texto. Agarrar é agarrar, ora!

Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena, suspirará:
– Ai, gente, que dó.

É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras. Eu aviso que vá se apaixonar na China, que lá está sobrando gente. E não vem caçar confusão pro meu lado.

Porque, devo dizer, mineiro não arruma briga, mineiro "caça confusão". Se você quiser dizer que tal sujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele "vive caçando confusão".

Para uma mineira falar do meu desempenho sexual, ou dizer que algo é muitíssimo bom (acho que dá na mesma), ela, se for jovem, vai gritar:
–"Ô, é sem noção".

Entendeu, leitora? É sem noção! Você não tem, leitora, idéia do tanto de bom que é. Só não esqueça, por favor, o "Ô" no começo, porque sem ele não dá para dar noção do tanto que algo é sem noção, entendeu?
Ouço a leitora chiar:
– "Capaz..."

Vocês já ouviram esse "capaz"? É lindo. Quer dizer o quê? Sei lá, quer dizer "tá fácil que eu faça isso", com algumas toneladas de ironia.
Gente, ando um péssimo tradutor. Se você propõe a sua namorada um sexo a três (com as amigas dela), provavelmente ouvirá um "capaz..." como resposta. Se, em vingança contra a recusa, você ameaçar casar com a Gisele Bündchen, ela dirá:
– "Ô dó dôcê".

Entendeu agora? Não? Deixa para lá.

É parecido com o "nem...". Já ouviu o "nem..."? Completo ele fica:
– "Ah, nem..."
O que significa? Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciou não fará o que você propôs de jeito nenhum. Mas de jeito nenhum. Você diz:
– "Meu amor, cê anima de comer um tropeiro no Mineirão?".
Resposta:
– "Ah, nem..."
Ainda não entendeu? Uai, nem é nem. Leitor, você é meio burrinho ou é impressão?


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Clique aqui para ler o restante do texto excelente de Felipe Peixoto Braga Netto no Releituras

Imagens da atual Miss, Natália Guimarães... mineiríssima.

27 março 2008

Ortodoxolatria


"A relação dos cristãos com a ortodoxia é primordialmente idolátrica. Se pressionados, cristãos de todos os matizes acabarão concordando que não é uma religião particular que beneficia o adorador, mas algum aspecto da bondade divina expresso na vida, morte e/ou ressurreição de Jesus. Na prática, no entanto, todos tentarão convencê-lo de que para beneficiar-se desse privilégio gratuito é necessário abraçar determinado conjunto muito específico de noções a respeito de Deus, da vida e da salvação. A esse conjunto de “crenças corretas”, que nenhuma facção cristã tem em comum com a outra, é que se dá o nome fortuito de ortodoxia.

A paixão com que os cristãos defendem seus pontos de vista uns contra os outros reflete com precisão a extensão de sua ortodoxolatria. Jesus é muito bonzinho e tal – mas só a ortodoxia salva, e ninguém vem a Jesus se não for por ela."



Texto brabíssimo do Paulo Brabo, mais uma vez, excelente no Bacia das Almas.



Clique aqui para ler o texto completo no A Ignorância é uma escolha.

Sua carreira com Waldez Ludwig



Entrevista excelente com o palestrante Waldez Ludwig sobre a forma como o mercado tem mudado e o que se espera de um profissional.

Coloco aqui apenas a primeira parte, os links logo abaixo direcionam você para as outras partes da matéria.

Pra mim o ponto alto é quando ele fala do profissional entender o seu valor. Há muito que vejo as pessoas reclamaram que ganham mal, mas nunca vi ninguém se perguntando o que poderia fazer para poder ganhar mais. O funcionário está viciado no aumento de salário... ninguém fala de aumento de produtividade. Isso vem da nossa formação e o Ludwig fala disso.




Continuação Parte 2
Continuação Parte 3

No Youtube você também encontra a entrevista dele no Jô. Também excelente.

Entrevista no Jô
Entrevista no Jô 2

Dança do Céu

Vou fala nada.




via Sedentario.org

26 março 2008

Não aguento mais esse não aguento mais


Excelente texto do Ed René Kivitz. (Thanks to Pavablog)

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O refrão do “não agüento mais” cresce a cada dia. Pessoalmente abandonei o coral. Explico. Durante muito tempo acompanhei a caravana do reformismo. Hoje essa conversa me entedia e me aborrece. Primeiro porque não acredito mais em reformas, apenas em revoluções. Mas principalmente porque não mais acredito nisso que apontam como objeto de reforma.

A expressão “igreja evangélica brasileira” está fora do meu vocabulário. Não apenas porque inexata – não existe a igreja evangélica brasileira, existem milhares de igrejas evangélicas no Brasil, mas também porque tomar a parte pelo todo é um equívoco.

O que não se agüenta mais é uma das faces da chamada igreja evangélica brasileira. Essa face da igreja evangélica brasileira (que, insisto, existe apenas como categoria sociológica) é absolutamente exógena, um corpo estranho, ao núcleo doutrinário e comunitário do que se chamou igreja evangélica brasileira.

Em outras palavras, o que não se agüenta mais na igreja evangélica brasileira não tem nada a ver com qualquer coisa que se possa associar ao termo igreja evangélica, sendo na verdade uma nova versão religiosa do Cristianismo. O Cristianismo, considerado nas categorias das ciências da religião, é uma religião, com muitas expressões condicionadas histórica, social e culturalmente, dentre elas o Catolicismo romano e Protestantismo reformado.

O que se convencionou chamar de igreja evangélica é o segmento do Cristianismo associado ao Protestantismo reformado. Nesse segmento surgiu um novo fenômeno tido como evangélico, mas que aos poucos começou a ser alvo dessas centenas de “não agüento mais”. O que percebo é que esse segmento alvejado pelo “não agüento mais” não é um segmento do Protestantismo reformado e, portanto, conforme historicamente consensado no movimento evangélico brasileiro, não deveria estar associado ao nome “igreja evangélica”.

Em outras palavras, no meu caso, dizer que não agüento mais isso equivale a dizer que não agüento mais o espiritismo kardecista ou o fundamentalismo islâmico. A respeito desse tal segmento da chamada igreja evangélica que inspira os “não agüento mais” eu não digo mais “não agüento mais”.

Digo que é coisa que não tem nada a ver com a identidade evangélica e que, portanto, não é alvo do meu “não agüento mais”, até porque nunca jamais agüentei. Escrever mais um artigo não agüentando mais isso é o mesmo que subscrever um artigo identificando as incoerências e inconsistências dos cultos afro e dizer “não agüento mais”.

Ed René Kivitz

Postagem comemorativa número 200 - Caio Fábio


Artigo 1 - Fica decretado que agora não há mais nenhuma condenação para quem está em Jesus, pois, o Espírito da Vida em Cristo, livra o homem de toda culpa para sempre.

Artigo 2 - Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive os Sábados e Domingos, carregam consigo o amanhecer do Dia Chamado Hoje, por isso qualquer homem terá sempre mais valor que as obrigações de qualquer religião.

Artigo 3 - Fica decretado que a partir deste momento haverá videiras, e que seus vinhos podem ser bebidos; olivais, e que com seus azeites todos podem ser ungidos; mangueiras e mangas de todos os tipos, e que com elas todo homem pode se lambuzar. Parágrafo do Momento: Todas as flores serão de esperança; pois que todas as cores, inclusive o preto, serão cores de esperança ante o olhar de quem souber apreciar. Nenhuma cor simbolizará mais o bem ou o mal, mas apenas seu próprio tom, pois, o que daí passar estará sempre no olhar de quem vê.

Artigo 4 - Fica decretado que o homem não julgará mais o homem, e que cada um respeitará seu próximo como o Rio Negro respeita suas diferenças com o Solimões, visto que com ele se encontra para correrem juntos o mesmo curso até o encontro com o Mar.

Parágrafo que nada pára: O homem dará liberdade ao homem assim como a águia dá liberdade para seu filhote voar.

Artigo 5 - Fica decretado que os homens estão livres e que nunca mais nenhum homem será diferente de outro homem por causa de qualquer Causa. Todas as mordaças serão transformadas em ataduras para que sejam curadas as feridas provocadas pela tirania do silencio. A alegria do homem será o prazer de ser quem é para Aquele que o fez, e para todo aquele que encontre em seu caminhar.

Artigo 6 - Fica ordenado, por mais tempo que o tempo possa medir, que todos os povos da Terra serão um só povo, e que todos trarão as oferendas da Gratidão para a Praça da Nova Jerusalém.

Artigo 7 – Pelas virtudes da Cruz fica estabelecido que mesmo o mais injusto dos homens que se arrependa de seus maus caminhos, terá acesso à Arvore da Vida, por suas folhas será curado, e dela se alimentará por toda a eternidade.

Artigo 8 – Está decretado que pela força da Ressurreição nunca mais nenhum homem apresentará a Deus a culpa de outro homem, rogando com ódio as bênçãos da maldição. Pois todo escrito de dívidas que havia contra o homem foi rasgado, e assustados para sempre ficaram os acusadores da maldade.

Parágrafo único: Cada um aprenderá a cuidar em paz de seu próprio coração.

Artigo 9 – Fica permanentemente esclarecido, com a Luz do Sol da Justiça, que somente Deus sabe o que se passa na alma de um homem. Portanto, cada consciência saiba de si mesma diante de Deus, pois para sempre todas as coisas são lícitas, e a sabedoria será sempre saber o que convém.

Artigo 10 – Fica avisado ao mundo que os únicos trajes que vestem bem o homem diante de Deus não são feitos com pano, mas com Sangue; e que os que se vestem com as Roupas do Sangue estão cobertos mesmo quando andam nus.

Parágrafo certo: A única nudez que será castigada será a da presunção daquele que se pensa por si mesmo vestido.

Artigo 11 - Fica para sempre discernido como verdade que nada é belo sem amor, e que o olhar de quem não ama jamais enxergará qualquer beleza em nenhum lugar, nem mesmo no Paraíso ou no fundo do Mar.

Artigo 12 – Está permanentemente decretado o convívio entre todos os seres, por isso, nada é feio, nem mesmo fazer amizades com gorilas ou chamar de minha amiga a sucuri dos igapós. Até a “comigo ninguém pode” está liberta para ser somente a bela planta que é.

Parágrafo da vida: Uma única coisa está para sempre proibida: tentar ser quem não se é.

Artigo 13 - Fica ordenado que nunca mais se oferecerá nenhuma Graça em troca de nada, e que o dinheiro perderá qualquer importância nos cultos do homem. Os gasofilácios se transformarão em baús de boas recordações; e todo dinheiro em circulação será passado com tanta leveza e bondade que a mão esquerda não ficará sabendo o que a direita fez com ele.

Artigo 14 – Fica estabelecido que todo aquele que mentir em nome de Deus vomitará suas próprias mentiras, e delas se alimentará como o camelo, até que decida apenas glorificar a Deus com a verdade do coração.
Artigo 15 – Nunca mais ninguém usará a frase “Deus pensa”, pois, de uma vez e para sempre, está estabelecido que o homem não sabe o que Deus pensa.

Artigo 16- Estabelecido está que a Palavra de Deus não pode ser nem comprada e nem vendida, pois cada um aprenderá que a Palavra é livre como o Vento e poderosa como o Mar.

Artigo 17 – Permite-se para sempre que onde quer que dois ou três invoquem o Nome em harmonia, nesse lugar nasça uma Catedral, mesmo que esteja coberta pelas folhas de um bananal.

Artigo 18 - Fica proibido o uso do Nome de Jesus por qualquer homem que o faça para exercer poder sobre seu próximo; e que melhor que a insinceridade é o silencio. Daqui para frente nenhum homem dirá “o Senhor me falou para dizer isto a ti”, pois, Deus mesmo falará à consciência de cada um. Todos os homens e mulheres que crêem serão iguais, e ninguém jamais demandará do próximo submissão, mas apenas reconhecerá o seu direito de livremente ser e amar.

Artigo 19 – Fica permitido o delírio dos profetas e todas as utopias estão agora instituídas como a mais pura realidade.

Artigo 20 - Amém!



Caio


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Talvez uma das pregações que fiz da qual me sinto mais lisonjeado por ter ouvido Deus foi quando preguei sobre este texto. Não é nada fácil ouvir sobre liberdade, ainda mais sermos todos fruto de um sistema viciado. Bom, é isso.

Trilha 2.0

Fotos da Trilha!


Clique na foto para ser direcionado para o álbum das fotos.

Algumas selecionadas aí abaixo:

25 março 2008

Mais que palavras


Reflexão muito ninja que encontrei no Tomei a pílula vermelha:

Assistindo a aula de cinema, ouvi algo muito interessante e que me fez pensar. Imagina um filho que saiu de casa para curtir o mundo, curtir a vida, sem limites morais. Um dia ele decidiu voltar pra casa e, declarando seu amor ao pai, reconhece todos os seus erros. O pai, demonstrando todo o seu amor , o perdoa e diz: “Agora vá e conte ao mundo sobre o meu amor”. E o filho continua falando: “Pai, eu te amo! Pai, eu te adoro! Pai, você é tudo pra mim!”. O pai ouve tudo, agracede e diz: “Eu sei filho, mas vai, conta ao mundo!”. Mas o filho não para de declarar o seu “amor”. Alguem sabe do que eu estou falando? Quem? Ali atrás, alguem disse “mantra gospel”? Hein? Alguem mais?

Fonte: Seu nicácio.

OS BONZINHOS E BEM COMPORTADOS SÃO UMA DESGRAÇA DE COISA NENHUMA


Soa como loucura hoje, no meio desses mega problemas, os quais envolvem tudo de tudo, do meio ambiente à perturbação da mente humana, pensar que um grupo de discípulos de Jesus pode ainda fazer qualquer sentido no mundo.

No entanto, se não fossemos judeu-evangélicos, sentindo-nos em relação ao Evangelho exatamente como alguns se sentiram em relação a ficarem em Jerusalém ao invés de irem ao mundo pregar a Palavra, existindo com a síndrome dos peixes de aquário, com complexo de passarinho de gaiola, sofrendo da sensação de produtividade de um ramister em roda de gaiola, contentes com a embaixada social da associação igreja, e dando banana para o mundo perdido, saberíamos que apesar de nossa fraqueza, incapacidade e inexpressividade, se fossemos às ruas, becos, encruzilhadas da terra, e todos os guetos, grupos e antros sociais, e apenas pregássemos, sem fixação em púlpitos, e sem crer que ministério só acontece dentro da “igreja” e de crente para crente, mas, muitos antes disso, como algo que acontece no caminho, e como resultado da paixão de cada um por Jesus, e isso feito em amor amigo e fraterno entre eles, geraria como resultado uma revolução simples, barata, poderosa, em cada canto da terra, e sem astros como atrações.

Se parássemos de ficar falando de Deus, estudando Deus, compreendendo Deus, defendendo Deus, trabalhando em escritórios de Deus, em entidades de Deus, em assembléias para tratar das coisas de Deus, sem comprar ou vender terreno para Deus, sem perder todo esse tempo “com Deus”, e, como o samaritano, sem agenda de sacerdote e levita, apenas fizéssemos o que tem de ser feito, e vivêssemos o fruto genuíno do Evangelho em nós, sem temor quanto a pregar, a orar com necessitados em qualquer lugar, até na sauna — então, subitamente veríamos que hoje mesmo, algo sem paralelos aconteceria na Terra.

Para isso também é fundamental parar de ficar explicando Deus para os religiosos assumidos e definidos. Pregar para cristãos de casca grossa não é cumprir a grande comissão de Mateus 28. É distração do inferno nos afastando para pregação a quem quer ouvir.

Provavelmente 95% da energia gasta pelos “cristãos” seja expendida em discussões entre “cristãos”. E no fim do dia a pessoa sente que se dedicou à obra de Deus. Tudo engano. São apenas os Templários modernos procurando o seu Santo Graal.

Levanta. Toma teu leito, teu púlpito e tua algema de microfones, e anda enquanto é dia!”

Caio

12/03/08

Uma visão neopentecostal da igreja primitiva


Tiago, o apóstolo, acaba de chegar para o culto de domingo. Vestiu a sua melhor roupa, vestes talares, para se diferenciar dos outros que frequentam a igreja. Afinal, ele estaria na direção da igreja naquela noite, deveria se diferenciar. Quando chega na melhor carruagem da cidade com seus cavalos reais vê que outros apóstolos já haviam chegado, doze das melhores carruagens estavam reunidas no pátio do suntuoso templo de três pavimentos, feito com a nova unção que foi liberada através de um ato profético no ano passado.

Há um murmurinho do lado de fora, quando de repente aparece Matias, o apóstolo levita, tocando o seu shofar para que o culto tenha início.

Logo após os cânticos entoados por toda a congregação, cerca de duas mil pessoas, o culto da campanha da prosperidade tinha começado. Era o quinto domingo da campanha que tinha o objetivo de determinar a Deus a restituição daquilo que eles tinham direito.

Mateus, o ex-cobrador de impostos, assume o posto no púlpito. Vale a pena descrever aquele púlpito: cerca de quinze metros de comprimento por dez de largura, no centro um menorah em tamanho gigante, com um piso todo em mármore. E ainda, doze cadeiras com aparência de ouro. Mateus usa de todas as suas técnicas aprendidas na antiga profissão para persuasão da entrega de ofertas. Benção sobre o que der, mesmo que seja a contragosto, e maldição sobre o que não der, mesmo se não tiver dinheiro. O dinheiro, dizia ele, seria revertido para um novo templo que estava sendo construído em Roma com o dobro de tamanho do atual, que estava localizado em Jerusalém.

Passado tal momento, Tiago passa a palavra para João, o discípulo amado, que estaria pregando naquela noite sobre quebra de maldição e cura interior. Era necessário lembrar ou relembrar aquilo que foi dito contra a sua vida, mesmo antes de se ter consciência, afinal isso estava atrapalhando sua vida no cotidiano.

Começa a oração sobre todos, enquanto levitas entoam uma música, dizia-se música de adoração, no meio dos levitas pode-se ver alguns gentios mas estavam a frente da igreja cantando, consequentemente eram levitas. Alguns judeus haviam questionado se tais gentios haviam se circuncidado para se auto proclamarem judeus levitas, esse tipo de questionamento só trazia dúvidas e confusões dentro da igreja, principalmente com os líderes. Expulsaram os judeus que faziam tais perguntas.

Enquanto pessoas estão recebendo novas unções e imitam animais no meio do templo, um demônio se manifesta, foi difícil perceber se era realmente um demônio. Constatada a possessão demoníaca é feita uma pausa no som. Tomé expulsaria o demônio naquela noite. Todos se sentam, estavam prestes a ouvir uma longa entrevista que começaria naquele momento. Após todas as perguntas de praxe anotadas cuidadosamente em um pergaminho, que mais tarde serviria de ensinamento a igreja, deixaram a pessoa que estava possuída rosnando no meio do púlpito. Os santos ovacionam aquela cena com grande histeria, enquanto isso Tomé conversa com os demais apóstolos sobre o que estava acontecendo, é repreendido severamente. Volta e expulsa o demônio com alguns chavões bem conhecidos dos que ali congregavam.

Após a pregação e expulsão de demônios, Paulo fala sobre sua última viagem a Roma, tinha ido conversar com o Imperador sobre o novo templo. Novamente ratifica o que foi falado por Mateus, mas agora usando uma nova técnica que tinha aprendido quando ainda era fariseu. Fala sobre as práticas judaizantes que não deviam esquecer, mesmo sendo gentios.

Tiago já ao findar do culto, diz a igreja que naquela noite estava sendo liberada uma nova unção, assim como um novo título, para Pedro, pois havia uma promessa de Jesus sobre a vida dele, não seria mais apóstolo como os outros, mas sim Pai dos Apóstolos, e consequentemente Pai dos pais da igreja. Pedro a partir daquele momento seria o Papa da igreja primitiva.

Nos anúncios finais, Tiago mais uma vez lembra a igreja do seminário de batalha espiritual que estaria sendo ministrado naquela semana, haviam terminada a apostila com a última entrevista feita naquela noite. Seria realmente uma benção, assim como foi aquele culto de domingo, diziam os membros daquela igreja.

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Texto excelente encontrado no Rapensando.blogspot.com


24 março 2008

Em tempos de anjos e línguas


"Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir."

(Martinho Lutero)

ah, e fica a dica para o filme Lutero.

Diga-se de passagem, excelente!

Bacia das Almas


Olá,

Hoje tive o privilégio de trocar emails com o Paulo Brabo (e não é só no nome), "dono" do Bacia das Almas, blog interessantíssimo e muito rico de informações!

Bom, ainda tô lendo o repertório pra lá de vasto que o Paulo tem por lá, e por aqui já sapiaram alguns textos dele.

Fica a dica para a visita e um abraço mineiro ao Paulo Brabo, curitibano e brabo!

Nessum Dorma


Sim, eu sei... todo mundo se apaixonou por Paul Pots quando ele cantou Nessum Dorma no Britain´s Got Talent.

Mas ele se inspirou em alguém e neste momento, faço minha homenagem póstuma aquele que preencheu muito do vazio com canções eternas e foi a inspiração de Paul Pots

Pavarotti:

Hold Me Jesus

Abaixo a interpretação mais do que celeste de Phill Keaggy com a canção Hold Me Jesus de Rich Mullins:



Sabe, em meio ao lixo que se tornou a música assim chamada evangélica, eu tenho retomado às velhas receitas. Phill Keaggy é um desses.

Esse cara era um riponga de primeira e se encontrou com Jesus. A partir daí ele começou a compor e gravar canções maravilhosas.

Você pode encontrar a história de Phil no site dele: http://www.philkeaggy.com/

Uma lenda urbana diz que certa vez perguntaram à Jimmy Hendrix como era ser o melhor guitarrista do mundo, a resposta foi a seguinte: "Pergunte ao Phil Keaggy". Ninguém pode confirmar, mas procure um pouco mais sobre a obra dele e verá a qualidade!

Um último detalhe: Phil não possui o dedo médio.


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Letra da música:

Well, sometimes my life just don't make sense at all
When the mountains look so big
And my faith just seems so small
So hold me Jesus, 'cause I'm shaking like a leaf
You have been King of my glory
Won't You be my Prince of Peace
And I wake up in the night and feel the dark
It's so hot inside my soul
I swear there must be blisters on my heart
So hold me Jesus, 'cause I'm shaking like a leaf
You have been King of my glory
Won't You be my Prince of Peace
Surrender don't come natural to me
I'd rather fight You for something I don't really want
Than to take what You give that I need
And I've beat my head against so many walls
Now I'm falling down, I'm falling on my knees
And this Salvation Army band is playing this hymn
And Your grace rings out so deep
It makes my resistance seem so thin
I'm singing hold me Jesus, 'cause I'm shaking like a leaf
You have been King of my glory
Won't You be my Prince of Peace
You have been King of my glory
Won't You be my Prince of Peace

Leonardo Gonçalves - Getsemâni


Abaixo uma das canções mais lindas que já ouvi na interpretação de Leonardo Gonçalves, autor da música.

Ah, como me dá alegria canções que falam de Jesus sem pedir nada...

Conheça Mark Zuckerberg, o magnata mais jovem do mundo


Ele vive num apartamento de um quarto com um colchão no chão e veste camiseta e sandálias, mas, aos 23 anos, o norte-americano Mark Zuckerberg é o mais jovem magnata do mundo, com uma fortuna avaliada em US$ 1,5 bilhão.

Muitos milionários levam toda uma vida para construir fortuna, mas para Zuckerberg, fundador da rede de relacionamentos Facebook, foram necessários apenas quatro anos. Tudo começou em fevereiro de 2004, quando ele lançou junto com alguns colegas da Universidade de Harvard um novo site para se fazer amigos na internet.

Nascido em 1984 em uma família judia de Dobbs Ferry, no estado de Nova York, Zuckerberg começou a programar computadores aos 12.

Neste mês, Mark Zuckerberg entrou para o exclusivo grupo de 1.125 magnatas do mundo que possuem mais de um bilhão de dólares, segundo uma lista estabelecida pela revista financeira americana "Forbes", na qual ele ocupa o 785º lugar.

Segundo a "Forbes", o guru dos investimentos dos Estados Unidos Warren Buffett é o homem mais rico do mundo, passando o magnata mexicano das telecomunicações Carlos Slim e o americano Bill Gates, fundador da Microsoft.

Conhecido pela aparência desleixada, avesso a terno e gravata dos empresários de megacorporações, Zuckerberg foi apelidado de "o novo príncipe da internet" pelo site especializado Valleywag.

"Ele é atualmente o magnata mais jovem do mundo e acreditamos que também seja o mais jovem a ter construído sua própria fortuna", disse o editor da "Forbes", Matthew Miller.

Para avaliar a fortuna de Zuckerberg em US$ 1,5 bilhão, a "Forbes" se baseou em uma prudente estimativa de US$ 5 bilhões como sendo o atual valor do Facebook, considerando que o jovem possui 30% da empresa.

Nascido em 1984 em uma família judia de Dobbs Ferry, no estado de Nova York, Zuckerberg começou a programar computadores aos doze anos, antes de entrar no Universidade de Harvard, em 2002.

Aos 19 anos, lançou o Facebook junto com vários colegas em um computador instalado no dormitório universitário. O objetivo era socializar com os outros alunos, e em duas semanas dois terços dos estudantes de Harvard haviam aderido ao novo site.

O Facebook logo se espalhou para outras instituições de ensino norte-americanas: a Universidade de Boston, o MIT, Stanford, Columbia, Yale, Princeton, até conquistar boa parte da rede universitária dos Estados Unidos.

Em poucos meses, Zuckerberg se mudou para Palo Alto, na Califórnia, abriu um escritório e não apareceu mais para as aulas em Harvard.

Dois anos depois, o Facebook se tornou um sucesso mundial, com 64 milhões de usuários.

Via Folha de São Paulo

PS: E eu achando que esse blog aqui ainda vai me dar algum dinheiro... doce ilusão.

Milagres


1.Pensar que se algum milagre acontece é por poder do milagreiro;
não levando em consideração os magos de faraó (que também sabiam fazer varas se tornarem em serpentes...); não levando a sério Mateus 7: 16-24, onde Jesus diz que milagres, curas e exorcismos acontecem pelo Seu nome, apesar do milagreiro ser para Ele, Jesus, um desconhecido.

2.Pensar que toda ação contra os que se dizem “ungidos do Senhor” é perseguição do diabo;
sem verem que, muitas vezes, é a manifestação da ira de Deus pelas blasfêmias cometidas pela manipulação do nome de Deus contra o povo; e em proveito próprio. Deus não faz parte de nenhuma quadrilha.

3.Não saberem fazer distinção entre o nome “Jesus” e a pessoa de Jesus;
o que faz com que celebrem um nome que não tem correspondência com a pessoa de Jesus, com Seu ensino e com Sua prática. É como chamar o diabo de Jesus e achar que por causa disso ele virou Jesus.

4.Iludirem-se com sugestões psicológicas de massa, sem verem que não houve milagre, mas apenas um show de sugestão.
Tem mágico andando sobre as águas (Nunca viu?). Se fizessem isso em nome de Jesus os crentes os adorariam...

5.Dizerem amém a qualquer coisa que venha seguida de pulinhos e de glória a Deus.
Assim, tanto dizem amém para o que eu digo como também para o que o Macedo ou o Paipóstolo dizem. Quem diz amém para eles, não diga amém a mim; pois, não andamos nos mesmos caminhos; e nem cremos nas mesmas coisas.

6.Acharem que a Obra do Espírito Santo derruba pessoas no chão,
ao invés de verem que, com Jesus, quem caiu estava possesso, e não cheio de Deus; pois, a plenitude de Deus dá sobriedade e lucidez; e não produz desmaios em série industrial — a lá Benny & Cia.

7.Confundirem gritaria e histeria com unção.
Assim, quem grita e faz ousadas asseverações é ungido, não importando a loucura que fale.

8.Acharem que Unidade no Corpo de Cristo é um acordo mafioso de silencio
ante o que é mal e nega o espírito do Evangelho. Assim fazem por não conhecerem nem os evangelhos e nem Paulo.

9.Crerem que tudo o que é falado atrás de um púlpito vira Palavra de Deus.
E depois combatem a mesa branca dos espíritas; quando, de fato, eles são o povo do púlpito branco; que é um espiritismo sem transe, mas cheio do transe da arrogância e da burrice.

10.Darem mais importância a pecados pessoais do que aos pecados coletivos;
e que são aqueles que pervertem a mensagem do Evangelho; a consciência do povo; e que são praticados por aqueles que se aproveitam da ignorância do povo para construir impérios pessoais; os quais, são vistos pelo povo como “direito do ungido” em razão da pessoa falar o nome J-e-s-u-s.



É por tais coisas que o caos se instala; e todo lobo vira apóstolos dos incautos!


Enquanto for assim, assim será. E nenhuma esperança haverá.


Lamento informar, mas, enquanto for assim, não há Evangelho entre os “evangélicos”.


Esse é o espírito do paganismo!


Quem dele se salvará?



Nele, que não se impressiona com o uso de Seu nome, mas apenas com a obediência em fé à Sua Palavra,



Caio


08/02/07

Mesmo com a crise, é hora de investir na bolsa de valores?


'É sempre hora de entrar na Bolsa'
JURANDIR MACEDO
PROFESSOR DE FINANÇAS PESSOAIS

Acho que para as pessoas que investem corretamente, em uma perspectiva de longo prazo e com investimentos constantes e diversificados é sempre hora de entrar na bolsa. Se, por um lado temos o risco de uma recessão, por outro um possível grau de investimento pode levar a significativas altas na cotação das ações. Pesquisas mostram que mesmo para aqueles que começaram a investir no topo de uma alta, se comprarem de forma constante, a expectativa de retorno é elevada.

'Desde que o percentual se pequeno'

FÁBIO COLOMBO
ADMINISTRADOR DE INVESTIMENTOS

O risco de investir na Bolsa de Valores agora é que ainda podemos ficar um bom tempo com as Bolsas em queda porque elas vêm com cinco anos de alta consecutiva, não só no Brasil mas no mundo inteiro. Então, é possível que tenhamos um período negativo mais duradouro. Os preços da Bolsa brasileira ainda estão altos, mas começaram a cair. Vale a pena investir na Bolsa neste momento desde que o percentual de aplicação seja pequeno e com visão de longo prazo.

Nos EUA, os piores presidentes não tiveram amantes


Achei bem interessante essa reportagem hoje na Folha de São Paulo. Trata do moralismo imbecil dos estadunidenses.


Mas porque colocar aqui... porque não posso deixar de traçar o paralelo com a nossa herança romana de achar que pecados sexuais são piores, assim, em nossas igrejas... corrupção, mentira e falcatruas são perdoáveis... mas vacila na vida sexual pra você ver...

Ah, e pelamordedeus! Não estou fazendo nenhuma apologia à infidelidade ou prostituição... só quero mostrar a demagogia de um e de outro.

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GAY TALESE está resfriado. Telefona para o repórter da Folha, atendendo ao pedido deixado na secretária eletrônica, e avisa, raspando a garganta: "Me resfriei e vou viajar, não posso receber você em casa. Mas posso falar agora sobre o Spitzer, tenho poucos minutos", diz o escritor de 76 anos, um dos pais do jornalismo literário, autor de reportagens antológicas reunidas nas coletâneas "Aos Olhos da Multidão" e "Fama e Anonimato" e de obras como "O Reino e o Poder", sobre o "The New York Times", onde atuou como repórter.



Talese diz que a sociedade americana não está mais ou menos moralista desde que ele publicou em 1980 "A Mulher do Próximo", livro-reportagem que retrata a transformação sexual e moral dos Estados Unidos entre as décadas de 1960 e 1970. Contudo, diz, a mídia repete tanto as informações sobre escândalos sexuais que faz que as pessoas se importem com eles, como no caso do ex-governador de Nova York Eliot Spitzer, que, casado, renunciou no último dia 12 após confirmar que era cliente fiel de uma rede prostituição. Nesse caso, afirma Talese, o escândalo foi bem-vindo. "Não é que ele esteja vivendo uma vida tão diferente de muitas outras pessoas, tendo uma prostituta, uma amante. Mas a diferença é que ele preconizava uma posição de moralidade, ele quis fechar bordéis, e aí aparece que ele era cliente de bordéis. É bom que ele seja exposto", diz o escritor.

FOLHA - O que mudou no moralismo americano entre "A Mulher do Próximo" e o escândalo sexual do governador Eliot Spitzer?
TALESE -
O moralismo não mudou. A mídia mudou.

FOLHA - De que forma?
TALESE -
Quando escrevi "A Mulher do Próximo", a mídia não discutia tanto infidelidade, não transformava a vida privada das pessoas em colunas de notícias. John Kennedy foi presidente dos Estados Unidos e teve muitos casos, mas ninguém escrevia sobre sua vida sexual. Havia rumores, mas isso nunca foi conhecido, como foi com Bill Clinton, ou agora, com o governador de Nova York, ou com o senador [Larry] Craig, o homossexual [que renunciou após assediar um homem em banheiro de aeroporto, em 2007]. Na França, quando François Mitterrand foi presidente, não havia discussão sobre seu filho ilegítimo. Mas a mídia americana publica hoje sobre qualquer coisa.

FOLHA - Os eleitores levam em conta o comportamento sexual do candidato?
TALESE -
Não acho que faz diferença nenhuma desde que não se relacione com seu trabalho. John Kennedy foi um presidente muito bom e tinha amantes. Bob Kennedy, seu irmão, tinha amantes. Eram casados e tinham amantes. Lyndon Johnson tinha amantes. Eisenhower. Todos nossos bons presidentes tinham amantes. O presidente Richard Nixon não tinha amantes e foi um presidente ruim. Esse cara, George W. Bush, é um presidente ruim. E não tem amantes. Entende? Bill Clinton foi muito bom e teve. Os piores presidentes são os que não tiveram amantes. Nixon foi o pior de todos os tempos. E Bush é o segundo pior. Se Bush tivesse amantes, talvez não estaria matando tanta gente no Iraque e tendo essa politica de destruir a vida de tanta gente.

FOLHA - O senhor quer dizer que, se a vida sexual de Bush fosse menos comportada, seu governo seria melhor?
TALESE -
Não digo que seria melhor, mas quando você olha... Os bons presidentes não eram pessoas que se "comportavam" sexualmente. Martin Luther King tinha muitas amantes. Matin Luther King! Nós temos um feriado para ele, ele é um herói nacional. E tinha muitas amantes. Muitas. Ele era um cara mau? Não, não era.

FOLHA - O desrespeito da privacidade dos políticos é sempre ruim?
TALESE -
Depende. Não é bom ou ruim. O que você quer dizer com bom ou ruim? Spitzer é um hipócrita, e é bom que ele seja exposto como hipócrita. Não é que ele esteja vivendo uma vida tão diferente de muitas outras pessoas, tendo uma prostituta, uma amante. Mas a diferença é que ele preconizava uma posição de moralidade, ele quis fechar bordéis, e aí aparece que ele era cliente de bordéis. É bom que ele seja exposto. O outro cara que o substituiu [David Paterson] diz que não tem um casamento perfeito. Mas quem tem? Pelo menos ele trouxe um pouco de verdade para o governo. Spitzer é um hipócrita.

FOLHA - Como repórter, hoje em dia, você publicaria matérias sobre esse escândalo?
TALESE -
Não vou dizer que não publicaria, porque, se alguém mais publicar, você tem que publicar. Você não pode fingir que não viu, porque todo mundo sabe sobre isso, está na televisão, nos websites. Se você está no negócio de publicar jornais, tem que publicar o que é considerado notícia. É que hoje em dia tudo é notícia, o que não acontecia 30 anos atrás. É bom ou ruim? Eu não sei. O que acontece é que pelo menos força as pessoas a viverem em coerência com o que dizem.

FOLHA - O sr. avalia mesmo que nada mudou moralmente na sociedade? "A Mulher do Próximo" mostra, por exemplo, a revista "Playboy" como algo chocante e depois mais respeitada, mas hoje em dia a revista é uma instituição americana.
TALESE -
Eu mostrava como aquilo mudou naquela época. Nós tivemos mudança real nos anos 1960 e 1970, quando escrevi aquele livro. Pouca coisa mudou desde então. Exceto que a mídia fala mais sobre sexo agora porque há mais liberdade para isso. Mas você não vê pessoas tendo relação sexual com penetração na TV, não ouve certas palavras na TV. Há restrição sobre o que você pode dizer, o que você pode ver. Você não pode ver homem nu na TV mostrando o pênis, não pode. No Brasil também não pode, tenho certeza.

FOLHA - Mas, se a mídia muda, a percepção da sociedade não muda juntamente com ela?
TALESE -
Eu acho que a mídia mantém a história viva. Quando Bill Clinton teve uma pequena vida sexual com Monica Lewinsky, isso não tinha nada a ver com o trabalho dele como presidente. Não ocupou muito tempo dele. Mas a mídia fez uma história enorme, e aí as pessoas começam a se importar. Lembra que o papa João Paulo 2º estava visitando [Fidel] Castro naquela época? Ele estava indo para Havana e toda a mídia estava lá para cobrir o papa. Quando houve o rumor de que o presidente Clinton teve esse pequeno caso sexual no Salão Oval, todo mundo deixou Havana. Toda a mídia foi embora. E o papa não tinha com quem falar. Não havia cobertura de Castro encontrando o papa. A mentalidade da mídia está toda voltada para escândalos sexuais. A mídia conduz a história.

FOLHA - Por quê?
TALESE -
Sexo não é complicado. Política é complicado. Na campanha, veja, as pessoas não ligam para propostas. Elas gostam de histórias simples, escandalosas, com o mais baixo, o menor denominador comum. E a mídia provê isso. A mídia é que conduz a história.

FOLHA - Mas por que o governador renunciou, se as pessoas não se importam tanto assim?
TALESE -
A mídia faz as pessoas se importarem, porque repete, repete, repete e repete a história. Fica batendo até a morte. A mídia quer manter a história. Acho que é bom que Spitizer tenha sido exposto como hipócrita, porque é. Já Bush não é um hipócrita sexual, mas é hipócrita em várias outras formas.

FOLHA - Em que formas?
TALESE - Ele diz que estamos tentando levar democracia para o mundo. E não estamos. Estamos invadindo o mundo, forçando eles [outros países] a se ajustarem a nossa política. A administração de Bush critica os chineses em direitos humanos, e nós invadimos os países de outras pessoas e levamos atrocidades para esses países. Não estamos em uma posição em que podemos dizer que somos melhores que os outros. Somos piores, de certo modo.

Stop Motion

Brilhante idéia de dois carinhas usando o recurso de stop motion.

A técnica se resume em gravar quadro por quadro e depois montar em sequência! Todos os filmes de massinha são feitos assim.

Saca só:



The Art of Cinema - video powered by Metacafe


Thanks to Buteco da Net

23 março 2008

O silêncio


Pra encerrar o domingão o último texto.

Rubem Alves, mais uma vez.

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O silêncio

O VENTO FRIO, AOS golpes, anunciava que o inverno estava se aproximando. Nuvens cinzentas cobriam os Alpes, como navios que navegavam velozes, levadas pelo vento. Era um velho mosteiro de freiras que praticavam o silêncio, costume abençoado que libertava as pessoas da obrigação de conversar com os vizinhos às mesas de refeições. Não ser obrigado a conversar é uma felicidade.

É raro que as pessoas entendam isso. Eu iria dar uma fala, faltava ainda meia hora e procurei um lugar escondido onde pudesse ficar quieto com os meus pensamentos. Achei-o sob uma escada, quase invisível e ali me escondi. Foi então que uma pessoa delicada me viu ali sozinho e bondosamente pensou: "O professor Rubem Alves está abandonado..." Dois minutos depois meu refúgio estava cheio de pessoas falantes que destruíram a minha solidão... Os tagarelas alegres são emissários do demônio porque com suas palavras tolas eles nos tiram das águas profundas em que nos encontrávamos. Deus é o Grande Mar. A alma é um peixe. Os poetas sabem disso.

T.S. Eliot escreveu: "Nosso olhar é submarino. Olhamos para cima e vemos a luz que se fratura através das águas inquietas..."

Hóspede naquele mosteiro, eu deveria obedecer aos horários e participar dos eventos. Um deles me horrorizou: participar das celebrações litúrgicas às 6h, às 12h e às 18h.

O santuário era um velho celeiro de madeira octogonal, muito grande e escuro, sem janelas. Os arquitetos, para pôr luz nas sombras, abriram buracos nas paredes, cobrindo-os com vidros coloridos. A luz do sol, entrando pelos orifícios e atravessando os vidros coloridos, faziam desenhos no espaço vazio, desenhos que se deslocavam à medida em que o sol caminhava pelo céu.

Os bancos, poucos, seguiam três lados do octógono; a mesa, iluminada com velas, tinha no seu centro um ícone de Jesus ao estilo bizantino. Cheguei no horário. Poucas pessoas. Os mosteiros não são lugares que atraiam turistas.

Fiquei à espera do início da liturgia, que deveria iniciar-se suiçamente ao repicar dos sinos às 6h da manhã. Os sinos repicaram mas nada aconteceu, nenhuma reza, nenhum hino, nenhuma leitura bíblica.

Pus-me a examinar o espaço e as luzes que se entrecruzavam. O exercício de simplesmente ver tem o efeito de fazer parar o pensamento. Alberto Caeiro já dizia que "pensar é estar doente dos olhos..."

Os pensamentos, produtos internos da cabeça, são perturbações que distorcem a pureza da visão.

Aí, ao misticismo do ver seguiu-se o misticismo do ouvir. O vento descia furioso das montanhas, em golpes, lufadas que torciam a estrutura de madeira, provocando aqueles ruídos típicos de navios à vela batidos pelo vento. Ao lado do santuário havia uma plantação de macieiras nuas, o vento havia arrancado suas folhas todas, somente seus galhos pelados ficaram. Quando o vento sacudia a galharia era como se houvesse um mar enraivecido quebrando ondas. Aí os sons e as cores começaram a invocar poemas ancestrais.

"E a terra era um abismo sem forma e o vento de Deus soprava violentamente sobre a superfície das águas... E disse Deus: "Haja luz..." E aí meus pensamentos foram possuídos pela poesia.

Mas e a liturgia? Já eram 6h20. Percebi então que a liturgia havia começado às 6h, quando os sinos tocaram... Só silêncio...

Rubem Alves, na Folha de S.Paulo.

Benditos supérfluos


Outro texto no Pavablog que arranca suspiros! Não está correto o Gondim quando olha para nossas igrejas e somos apenas um amontoado de profissionais cristãos à procura da máxima eficiência com Deus? Me pergunto de novo "Jesus, onde nos perdemos de Ti".


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Tempo não é dinheiro. A vida não pode consistir apenas de coisas essenciais. Para existirmos, é preciso também aprender a valorizar algumas extravagâncias, geralmente consideradas desnecessárias.

A cultura ocidental está se tornando mais triste e mais maluca porque vive debaixo do imperativo da eficiência. Hoje, qualquer atividade não produtiva é logo descartada em nome da excelência máxima. Ninguém quer perder tempo. Porém, mesmo quando os avanços tecnológicos prometem um a vida mais fácil, com o passar do tempo, todo mundo parece com a cara mais cansada; padecendo de estresse.

Essa exaustão latente adoece. As pessoas se deprimem e ansiosas, correm, correm, sem saberem ao certo aonde querem chegar; ávidos por não "perderem tempo" mulheres e homens vivem preocupados em listar suas prioridade para alcançarem um suposto grau de eficácia. Assim, poetas, músicos, pintores, pensadores e místicos ficam relegados às margens da sociedade, como vagabundos improdutivos.

Pior entre os evangélicos. Já me deparei com vários líderes que fizeram muito mal à suas famílias. Homens e mulheres que, no afã de ganharem o mundo, perderam suas almas. Tornaram-se burocratas da fé, empresários eclesiásticos e profissionais da religião.

Eficientíssimos em suas funções, mas empobrecidos em sua humanidade. Esses, infelizmente, capitularam às exigências do mundo da produtividade. Mal discerniram as forças do mal que lhe assediava. Alguns, chegaram a construir mega denominações, mas perderam a simplicidade do primeiro amor; tornaram-se bem sucedidos, contudo, provavelmente terminarão seus dias sem amigos verdadeiros.

A vida não deve concentrar-se em operosidade; não se pode comparar os seres humanos a abelhas. O ócio, o lazer, a descontração fazem parte igualmente do viver e não são meros intervalos de descanso que só preparam a próxima tarefa.

Os supérfluos, maravilhosos, devem ser apreciados como um fim em si mesmos; e são muitos:

Escutar o canto da cigarra no verão;
dar um um perfume caríssimo a quem a gente ama;
preparar uma linda festa de casamento;
dormir à tarde no feriado;
ler histórias de fadas para o filho na hora de dormir;
ir a pé comprar pão na padaria;
pescar numa beira de rio;
sentar num barranco e esperar o pôr-do-sol;
ouvir música instrumental sem letra e deixar a imaginação voar;
dormir cedo;
estudar ornitologia;
ler biografias;
aprender outro idioma;
matricular-se num curso que ensina a escrever poemas;
soltar pipa;
ler um capítulo do livro de Provérbios por dia, sincronizando com o calendário;
deixar tudo o que tem para se feito, navegar até o outro lado do lago e descansar;
transformar seis grandes potes d'água em vinho;
visitar um asilo de idosos só para conversar com eles;
ler romances;
praticar qualquer esporte;
gastar várias horas tagarelando numa refeição;
montar quebra-cabeça com os netos;
aprender a jogar xadrez;
contar anedotas rodeado de amigos;
assistir a uma cantata infantil;
ouvir as histórias de um pastor velhinho;
caminhar no parque;
lembrar de músicas antiqüíssimas ao lado de amigos numa noite enluarada;
visitar museus;
escalar alguma montanha só para contemplar a paisagem;
andar de bicicleta junto com os netos;
ensinar uma criança a assobiar;
fazer cafuné;
meditar;
comprar terno novo para uma data especial;
presentear flores;
escrever cartão para o amigo num dia sem importância;
tomar café;
comprar o songbook do Chico Buarque;
assistir filme de amor;
estudar música clássica para aprender a gostar de Bach;
ajudar a vovó a cuidar do jardim.

Graças a Deus por Davi, Picasso, Rembrandt, Machado de Assis, Clarice Lispector, Tom Jobim e tantos outros que "perderam tempo" com supérfluos; eles não deixaram nossa vida ficar árida. Temo que a fé cristã deixe de ser um centro de vida abundante caso continuemos insistindo em ser sempre eficazes "para a glória de Deus".

O cristianismo brasileiro precisa pedir que Deus levante urgentemente mais poetas, mais artistas, mais sonhadores, gente que o mundo poderia até considerar desocupada, mas capaz de nos inspirar a sonhar com um mundo mais bonito, mais pleno de ideais e mais próximo do reino de Deus; que não se resume a comida e bebida, mas, é, entre outras coisas, alegria.

Soli Deo Gloria.

Ricardo Gondim

O Amor triunfa sobre Deus

Texto excelente e extremamente profundo que acabei de ler no Pavablog.

Sabe, estou saindo agora para o culto na minha igreja... textos como esse acabam me fazendo pensar "Jesus, onde foi que nos perdemos de Ti".

Boa leitura:

O predicado é o sujeito

Enquanto o amor não é exaltado como substância, como essência, permanece à espreita, por trás do amor, um personagem que mesmo sem amor é algo em si mesmo, um monstro incapaz de amar, um ser diabólico, cuja personalidade, separável e na verdade separada do amor, deleita-se no sangue de hereges e descrentes: o fantasma do fanatismo religioso.

No entanto a idéia essencial da encarnação, embora embalada na noite da consciência religiosa, é o amor. O amor determinou que Deus renunciasse à sua divindade.

O amor triunfa sobre Deus.

Era neste sentido que a fé entusiástica e intransigente dos antigos celebrava a encarnação. Amor triumphat de Deo, diz São Bernardo. E é apenas nesse senso de verdadeira auto-renúncia, de auto-negação da Divindade, que jaz a realidade, a potência da encarnação – muito embora essa auto-negação seja na verdade mera concepção da imaginação, porque, quando examinado à luz do dia, Deus não nega a si mesmo na encarnação, mas revela-se pelo que realmente é, um ser humano. As elocubrações que a ortodoxia racionalista contemporânea e o racionalismo pietista desenvolveram a respeito da encarnação não merecem ser sequer mencionadas, quanto mais refutadas.

Não foi por causa de sua divindade como tal, pela qual ele é o sujeito na proposição “Deus é amor”, mas por causa do seu amor, por causa do predicado, é que Deus renunciou à sua divindade; o amor é portanto um poder mais elevado e verdadeiro do que a divindade. O amor triunfa sobre Deus.

Foi ao amor que Deus sacrificou sua divina majestade. E que espécie de amor era esse? Um amor alheio ao nosso? Diverso daquele pelo qual sacrificamos a vida e a fortuna? Era o amor dele por si mesmo? Por si mesmo como Deus? Não: era amor ao homem.

Mas não é amor ao homem um amor humano? Sou por acaso capaz de amar o homem sem amá-lo humanamente, sem amá-lo como ele mesmo ama, se é que ama de fato? Não seria esse amor do contrário um amor diabólico? O diabo também ama o homem, mas não por causa do homem – por causa de si mesmo; ama o homem por egoísmo, para engrandecer a si mesmo, para estender o seu poder.

Deus como Deus não nos salvou.

Porém Deus ama o homem pelo homem em si mesmo, isto é, para poder torná-lo bom, feliz, abençoado. Não é o amor dele como o do homem íntegro que ama o seu semelhante? Amor tem plural? Não é em todo lugar idêntico a si mesmo? Qual é então o significado genuíno e verdadeiro e da encarnação se não amor absoluto, puro, sem aditivos, sem distinção entre o amor divino e o amor humano? Pois embora haja amor por interesse entre os homens, o verdadeiro amor humano, o único digno desse nome, é o que o impele a sacrificar-se por outra pessoa.

Quem é então nosso Salvador e Redentor? Deus ou o Amor? É o Amor, pois Deus como Deus não nos salvou; salvou-nos o Amor, que transcende a diferença entre a personalidade divina e a humana.

E da mesma forma que Deus renunciou a si mesmo por amor devemos nós também, por amor, renunciar a Deus; pois se não sacrificarmos Deus ao amor teremos de sacrificar o amor a Deus, e ao invés do predicado do amor, teremos o Deus – o ser maligno – do fanatismo religioso.

Ludwig Andreas Feuerbach, em A essência do Cristianismo (1841) [via A Bacia das Almas].

Resurrecting the champ

Assistimos ontem o filme Ressurrecting the Champ.

Excelente filme!

Aqui no Brasil ele ainda nem tem título, mas como não é um daqueles arrasa quarteirão, não acredito que a divulgação vai ser assim algo tão substancial.

A sinopse é a seguinte:

"Jornalista esportivo (Josh Hartnett) ajuda um mendigo e descobre que ele é na verdade um velho campeão de boxe que todos pensavam estar morto."

Bom, mas a trama é bem mais complexa e completa do que isso.

O filme vai dar uma reviravolta no final e você vai ficar surpreendido. Eu particularmente não gosto muito de filmes sobre esporte, mas este em particular é um verdadeiro achado.

Não consigo desassociar da realidade que muitos atletas vivem, num momento são a esperança da nação e no seguinte, são um problema social à cargo das assistentes sociais.

No Brasil não é nada raro encontrar uma estrela do futebol ou atletismo pelas ruas... a vida pode ser bem dura com estes profissionais que se entregam de corpo e alma ao esporte.

Bom, pra resumir vale dizer que o filme é baseado em fatos reais.

E o Samuel Jackson está fantástico. A atuação como "battling" Bob Satterfield é impecável.

Bom filme pra você.


Este é o outro poster de divulgação do filme:

A casa do Pedro

Nosso amigo Pedro fez um vídeo apresentando a casa dele no México!

Com vocês: a casa do Pedro!



Pedro... a galera tá com saudade aqui hein!!!

20 março 2008

Antes de Partir

Assisti ontem "Antes de Partir" com Jack Nicholson e Morgan Freeman.


Filme muito bom! Não vou dizer assim que saí do cinema desconcertado com a mensagem do filme não, mas é uma excelente ida ao cinema.

Nicholson no papel de Edward Cole está excelente, se bem que dê alguns tempos pra cá, tenho achado a atuação dele bem parecida, talvez os personagens sejam muito parecidos. Morgam Freeman também vale o ingresso.

Bom, a história está na sinopse, basta ler.

Mas recomendo este! Pode ir ver que vale a pena.

Sinopse:

"Carter Chambers (Morgan Freeman) é um homem casado, que há 46 anos trabalha como mecânico. Submetido a um tratamento experimental para combater o câncer, ele se sente mal no trabalho e com isso é internado em um hospital. Logo passa a ter como companheiro de quarto Edward Cole (Jack Nicholson), um rico empresário que é dono do próprio hospital. Edward deseja ter um quarto só para si mas, como sempre pregou que em seus hospitais todo quarto precisa ter dois leitos para que seja viável financeiramente, não pode ter seu desejo atendido pois isto afetaria a imagem de seus negócios. Edward também está com câncer e, após ser operado, descobre que tem poucos meses de vida. O mesmo acontece com Carter, que decide escrever a "lista da bota", algo que seu professor de filosofia na faculdade passou como trabalho muitas décadas atrás. A lista consiste em desejos que Carter deseja realizar antes de morrer. Ao tomar conhecimento dela Edward propõe que eles a realizem, o que faz com que ambos viagem pelo mundo para aproveitar seus últimos meses de vida."

Curiosidades:

- Justin Zackham concluiu o roteiro de Antes de Partir em apenas 2 semanas. Na época ele já tinha Morgan Freeman em mente para interpretar Carter Chambers.

- Tanto Rob Reiner quanto Morgan Freeman, separadamente, sugeriram que Jack Nicholson fosse contratado para interpretar Edward Cole.

- Este é o 2º filme em que o diretor Rob Reiner e o ator Jack Nicholson trabalham juntos. O anterior foi Questão de Honra (1992).

- Jack Nicholson e Morgan Freeman rasparam a cabeça para atuar em Antes de Partir.

- Jack Nicholson utilizou sua própria experiência no hospital em alguns diálogos e situações do filme. O óculos usado em cena, por exemplo, foi uma sugestão do ator aceita pelo diretor Rob Reiner.

- Alfonso Freeman, filho de Morgan Freeman, interpreta seu filho no filme.


Bom filme!