Já tinha postado aqui quando essa história começou. Infelizmente, estamos cada vez mais expostos à falta de escrúpulos daqueles que empunham uma Bíblia e falam em nome de um Cristo que não conhecemos.
Bom, vou postar a opinião do Caio Fábio. Não que eu não tenha a minha, mas como não vou conseguir expressar no mesmo quilate.
"O CHAMADO “ESCÂNDALO DA RENASCER”: o que tenho a dizer?
Muita gente tem me escrito pedindo minha opinião sobre os desdobramentos do Caso Estevam, Sonia, bispos e Renascer em Cristo.
O histórico feito pela mídia todos já conhecem. E mais: ainda é um “pequeno histórico” quando comparado ao desastre que visitou a alma de milhares, desde gente usada e abusada em todos os sentidos e de todas as formas (quem lê entenda!) — até a determinação sistemática de ficar rico e esconder o dinheiro da “igreja” em negócios e contas pessoais.
Ora, tais calamidades envolvem desde gente como Viviane Senna (que jamais apareceria a fim de não prejudicar sua “imagem pública”) — passa por antigos tesoureiros, suas esposas e famílias; açambarca uma imensa quantidade de gente que surtou lá dentro, muitos tendo que ser internados; envolve ex-capangas ministeriais arrependidos e apavorados de que algum mal lhes sobrevenha; e, sobretudo, atinge não apenas as 190 pessoas que moveram ações contra eles; e tampouco se restringe o fato do roubo sacerdotal praticado contra o povo que para a Renascer dava dinheiro; mas recai também sobre a vidinha de gente como minha amiga Dilma D’Avila, da D’Avila Tour, e que teve seu negócio arruinado, com seu nome exposto a toda sorte de escrutínios e humilhações, apenas porque, em 1997, contra minha orientação e conselho claro, decidiu fazer uma viagem a Israel para os Hernandes (eles e mais umas 130 pessoas) — os quais não pagaram nada, embora tenham feito a viagem em grande estilo; e, por fim, decretaram o calote de modo bandido, deixando D. Dilminha entregue a maldade deles sendo praticada pelos inocentes; ou seja: pelos que pagaram tudo em suas próprias viagens, mas que ficaram “na mão” em razão da falência de minha querida amiga.
De fato as histórias são sem fim!
Tudo, entretanto, condiz com o que o Estevam me disse três vezes em situações diferentes:
“Esse negócio de irmão acaba para mim quando entra dinheiro e negócio. Se tiver dinheiro e negócio em jogo, eu tiro a pele e como; assim como traço os nervos, as veias, as carnes, e chupo os ossos”.
Essa é a fala de um pastor-vampiro, conforme aquele tipo descrito tanto em Ezequiel como em Zacarias.
Tenho sentido profunda tristeza quanto ao fato de jamais ter estado iludido acerca do Estevam todos esses anos — desde 1974 -75, em Manaus. Preferiria mil vezes está errado; pois, não é sem misericórdia que olho para eles; e o amor não se alegra com a injustiça. Portanto, preferiria não ter estado certo jamais em relação a eles; porém, nunca, nem por um segundo, carreguei tal dúvida.
Como vejo a situação agora?
1. Acho que os membros da Igreja Renascer (e que são apenas vitimas dessa grande malandragem e roubo) — devem ser cuidados por todos os que carregam o amor de Deus no coração; pois, hoje, eles ainda ficam na dúvida sempre que ouvem os “foragidos” falarem via Internet para a assembléia da igreja, dizendo-se vitimas de perseguição espiritual, direta do diabo. Entretanto, logo a ficha vai cair... E eles mergulharão em decepção, depressão, desanimo, e vontade de desistir de tudo. É preciso cobri-los de amor!
2. Imagino o inferno que está acometendo a casa do Estevam, e, sobretudo, da Sonia. De fato, eu que já sofri poderosas perseguições, não por ter lesado ou roubado ninguém, e nem por cometer crimes — sei, todavia, que até quem tem a consciência pacificada quanto a muitos ou todos os seus atos, mergulha no inferno. Portanto, me é fácil imaginar o inferno real de quem já vivia no inferno do engano. Todavia, mesmo crendo que tais coisas precisem ser apuradas até o fim; e mesmo crendo que as “igrejas”, à semelhança das ONGs, precisam deixar de ter os privilégios que as tornam “lavanderias naturais” de dinheiro sujo e ilícito — também creio que a presente aflição do casal Hernandes, pode ainda vir a ser salvação espiritual deles. Pois, como estavam andando, se nada lhes acontecesse, seria o atestado de que eram espiritualmente bastardos. Afinal, de acordo com Hebreus, somente os bastardos seguem sem disciplina. Os filhos, porém, apanham, entram no cacete; e isto visando “aproveitamento”.
3. Eles podem passar por isto sem nenhuma consciência de pecado e arrependimento (ficando cada vez mais endurecidos e cínicos); ou podem se converter de seus caminhos de engano e abuso deliberados, e, movidos em arrependimento, converterem-se ao Evangelho; podendo, quem sabe, ainda, viver uma vida simples e piedosa, quebrantada pelo desmoronamento decorrente do surto de arrogância; ao qual, em 1998, dei o nome de “Síndrome de Lúcifer”.
Ninguém deve ficar preocupado com o Evangelho em relação a tais “escândalos”. O escândalo é ainda pensar que daí não venha escândalo. Ninguém se engane: os escândalos serão tantos que deixarão de ser percebidos. Escândalo será o “normal”. Aliás, já é.
Minha oração, sem romantismos, é para que se convertam!
Nele que nos disse que assim seria se não fosse conforme o Evangelho; e com temor, tremor e oração,
Caio
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6/12/06"