A distância, os quilómetros entre as possibilidades que não existiram, hipóteses abandonadas.
Os objetos que minhas mãos não tocaram, a conversa que não participei, os poemas que eu não li, os abraços que se afastaram.
A melhor noite, eu perdi.
O perfume que eu não apreciei, oportunidades desperdiçei, quando eu tinha que rir, mas eu silenciei.
Devia ter dito. Gritado. Eu podia correr, mas fiquei parado.
As explicações que ficaram por dizer, as músicas que não ouvi, uma voz que é só ausência.
O pôr-do-sol que eu não vi, o mar que não mergulhei, a onda que eu não surfei, a serenata que nunca foi ouvida.
As pessoas que nunca souberam que eu as amava.
A falta de uns segundos mais, uns milímetros mais de coragem, e talvez, poesia. O espaço de ar que ficou suspenso entre esses dois gestos adiados, mudo, pesado, dolorido...
Via Pavablog
Luciano Martini, no blog Mudando o mundo
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