28 abril 2008

Metal contra as nuvens

"Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.

...

Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.

Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição

Quase acreditei, quase acreditei

É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez o que destrói

Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.

Não me entrego sem lutar
Tenho ainda coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.

Tudo passa, tudo passará...

E nossa estória não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.

E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos."

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Bela segunda feira e me sinto como um quixotesco cavaleiro lutando contra moinhos de vento. Minha vontade e desejo de luta é tão tênue que a todo momento desejo estar em outro lugar, mas o compromisso com minha consciência é de tal forma forte que não consigo senão seguir em frente ou cair para nunca mais levantar.

Pensar fora da caixa é sempre um desafio, tanto pra nós quanto para aqueles que nos cercam. E pensar fora da caixa também significa receber todas as armas que a caixa puder enviar. Assim, ir contra a resistência, o status quo e o modus vivendi das instituições é como correr alucinadamente para bater com o rosto em um muro.

Não posso mudar o que creio, apesar de já ter orado inúmeras vezes e pedido isso. Não posso mudar aquilo que já é institucional e instituído. Mas posso encontrar alguém que pense parecido, alguém que esteja disposto a deixar cair as máscaras, alguém que também quer sair de uma espécie de Matrix, inclusive sabendo que Sion não é o paraíso, muito pelo contrário, é bem mais feio e difícil...

Assim, nessa luta quixotesca de viver o que prego e pregar o que creio, vou vivendo e esperando. Sei que vai valer a pena.

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